Foi preciso uma situação particularmente grave para vislumbrarmos o verdadeiro Marcelo Rebelo de Sousa, muito para além da postura bacoca, e agora inviável, dos beijinhos e das "selfies". Perante uma crise sem precedentes, Marcelo mostrou não saber ser líder.
Primeiro a quarentena, prematura e sem sentido, agora vendida como tendo como objectivo primeiro e talvez único o exemplo a dar a todos os portugueses; depois o enchimento dos dias com a vacuidade da rotina do Presidente; e, finalmente, com uma declaração, via internet, sem qualidade, como se estivesse encolhido num bunker, apenas para dar conta das suas intenções, quando este é um tempo de decisões e não de intenções.
Perante esta crise, o falhanço de Marcelo está apenas no princípio. Ninguém espera que o Presidente apresente soluções milagrosas ou que sugira/adopte para além das suas competências. Porém, espera-se que o Presidente mostre as suas capacidades de liderança, o que não aconteceu.
De facto, é fácil distribuir beijinhos e sorrir para câmaras de telemóvel, mas a presidência tem que ser muito mais do que isso, especialmente num período tão confuso e tão difícil quanto este que vivemos. A ver vamos quais os estragos deste falhanço para uma reeleição sempre dada como garantida.
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