A mensagem mais importante que qualquer ser humano pode reter prende-se com a necessidade imperiosa de reduzir em metade as emissões de C02 na próxima década para salvar o planeta. Ou seja, ou mudamos de vida ou definharemos e/ou contribuiremos para que as gerações mais novas definhem num planeta que simplesmente está farto de nós, em qualidade e em quantidade.
Se o planeta aquecer acima do 1,5ºC (IPCC/Nações Unidas) as consequências serão devastadoras para as próximas décadas (secas mortíferas, incêndios selvagens devastadores, subida das águas e desaparecimento de cidades inteiras, migrações em massa, epidemias, fome, devastação). E é neste contexto que o Presidente dos EUA - o mesmo que abandonou os acordos de Paris - manifesta a sua preocupação com descargas na casa de banho, com a falta de pressão da água das torneiras ou como as lâmpadas fluorescentes provocam na sua pele um tom alaranjado, ordenando para o efeito a substituição destas pelas antigas lâmpadas incandescentes convencionais. Pelo caminho corta, naturalmente, em programas de poupança de energia. Um pouco mais abaixo, geograficamente falando, Bolsonaro - o mesmo que se excita com a desflorestação e erosão do solo da Amazónia - acusa a activista Greta Thunberg de ser um "pirralho".
Se existe uma certeza ela prende-se com a seguinte premissa: estas duas criaturas, caso queiramos salvar o que nos resta, não podem manter-se na equação. Ou seja, se queremos salvar o planeta, os Bolsonaros e os Trumps deste mundo têm que ir. Resta-nos pouco mais de uma década e não há tempo a perder com estas e outras criaturas que essas sim deviam constar da lista da extinções.
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