O cabeça-de-lista pelo CDS às europeias insiste em afirmar que o
Vox não é um partido de extrema-direita, isto apesar das propostas do
Vox para ilegalizar partidos independentistas em Espanha, isto apesar de
propostas no sentido de liquidar as conquistas de minorias,
designadamente com propostas homofóbicas, ou de recusar a igualdade
entre homens e mulheres com tentativas de acabar com leis de igualdade e
contra a violência de género, isto apesar de ser contra as "invasões"
de imigrantes. Ainda assim, para Melo o Vox, que mais não é do que o
resto putrefacto do franquismo, não é um partido de extrema-direita.
Disse-o e repetiu.
Ora, corre-se o risco de pensar que
caiu a máscara a Melo e criaturas similares que misturando alhos com
bugalhos (uma extrema-esquerda difusa com extrema-direita, como se ambas
atropelassem os direitos humanos) procuram normalizar o que não pode
ser considerado a norma, nem pode ser considerado aceitável, desde logo
por representar um incomensurável retrocesso no que diz respeito aos
direitos humanos.
De resto, Nuno Melo, como
cabeça-de-lista de um partido da direita democrática, com raízes,
supostamente, na democracia cristã, tem a responsabilidade de não
normalizar partidos cujo ideário não é de todo consonante com os
direitos humanos, a menos que se identifique com esse ideário.
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