O
primeiro debate entre os dois candidatos à presidência do PSD não
entusiasmou nem o mais acérrimo adepto do partido. Na verdade, o
debate morno, intercalado por alguns momentos quase dramáticos sem
nunca o serem, contribui para a ideia de que o sucessor de Passos
Coelho dificilmente será particularmente melhor do que o próprio
Passos Coelho, facto que seria dramático se a mediocridade
assustasse alguém no partido, coisa que não parece acontecer.
Depois
de largos minutos marcados pela insipiência, Rio decidiu atacar o
adversário recorrendo ao passado repleto de falhanços; o seu
adversário, Santana Lopes, retorquiu recorrendo a frases
melodramáticas começadas por "tu", não esquecendo porém
de acusar Rio de trair o partido, vezes sem conta. E terá sido este
o momento alto do debate.
Quanto
ao conteúdo, alternativas, ideias, não há muito a dizer e menos a
escrever pela simples e prática razão que conteúdo, alternativas e
ideias andaram ausentes pelo debate, tal como andam ausentes do
partido.
Em
consequência, o PSD prepara o caminho da continuidade,
independentemente de quem será o seu líder. A mediocridade, essa,
marcará presença, resta apenas saber se acompanhada por umas frases
vazias, mas aparentemente sérias de Rui Rio, ou pelo tom
melodramático de Santana Lopes.
Comentários