A
conselheira do Estado birmanês, Aung San Suu Kyi, refugiou-se num
silêncio que tem vindo a ser alvo de críticas, quebrando-oapenas
para defender o exército de Myanmar acusado de perseguir
violentamente a minoria muçulmana Rohingya no Estado de Rakhine.
Aung
San Suu Kye, cujo poder na Birmânia, actual Myanmar, é
incomensurável, preferiu passar uma borracha sobre a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, nada fazendo para proteger a minoria
em questão, chegando mesmo ao ponto de se colocar ao lado do
exército do país, acusado de cometer verdadeiras atrocidades contra
todo um povo que, para sobreviver, teve de fugir.
Aung
San Suu Kye que recebeu o prémio Nobel da Paz em 1991 preferiu
ignorar atropelos aos Direitos Humanos. O que dizer de um Prémio
Nobel da Paz que age em sentido contrário ao que prémio simboliza?
Alguns dirão que não se trata da primeira pessoa a receber o dito
prémio e a cometer esses mesmos atropelos, tantas vezes antes e
depois de ter sido laureado.Obama é, para muitos, o exemplo acabado
do Prémio Nobel da Paz que agiu em sentido contrário ao essência
do prémio..
Suu
Kye não parece disposta a agir em prol dos Direitos Humanos, sendo,
no fim de contas, conivente com a perseguição a uma minoria do seu
país. Defender-se com a retórica que postula que o exército apenas
agiu para combater insurgentes é pouco, muito pouco para servir como
qualquer espécie de defesa. Resta à comunidade internacional
reagir, pressionar e lembrar a Suu Kuy não só a importância da
defesa dos Direitos Humanos, como todo um mundo de contradições em
que caiu.
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