Não
há memória, pelo menos nos tempos recentes, de um debate sobre o
estado da Nação ter provocado grande entusiasmo. De um modo geral,
o estado da Nação não tem sido particularmente positivo.
Contudo,
e por muito que a direita tenha procurado encontrar argumentos que
fragilizasse o Governo, a verdade é que o país, a Nação, está
melhor hoje do que estava há escassos anos atrás.
Para
confirmar isso mesmo estão os bons resultados económicos, e em
tempos em que a economia é tudo, não resta muito mais a dizer. De
resto, o próprio Passos Coelho que agora de dedo em riste acusa o
Governo foi pioneiro em fazer da economia o centro da vida do país.
Infelizmente para o ex-primeiro-ministro, tiraram-lhe o tapete do
pés, ou dito por outras palavras, aquilo que é o centro do seu
discurso tem sido caracterizado com adjectivos particularmente
abonatórios, mas sendo o trabalho feito por outros. Em suma, o pais,
no que diz respeito à economia, está melhor, surpreendendo
pessimistas e até niilistas.
É
evidente que nem tudo vai bem, as desigualdades são gritantes, o
emprego precário, e muitos portugueses continuam a viver acentuadas
dificuldades, presos a créditos ou reféns da pobreza. Porém, é
indiscutível que este Governo, coadjuvado pelos partidos à sua
esquerda, para além de conseguir bons resultados económicos sem
fazer sangue, conseguiu igualmente aprovar medidas com vista a
melhorar a vida das camadas mais frágeis da população. Sendo certo
que nada do que está a ser implementado é suficiente, ainda assim é
muito mais do que aquilo que Passos Coelho e seus apaniguados alguma
vez fizeram, até por imperativos ideológicos.
Em
conclusão, o estado da Nação está longe de poder ser considerado
grandioso, mas ainda assim está melhor, muito melhor do que esteve
nos anos da coligação PSD/CDS e o grande azar de Passos Coelho nem
é tanto ter perdido o discurso e por inerência o rumo, mas
sobretudo porque o trabalho deste Governo, comparativamente com o que
foi feito pelo seu, consegue ser incomensuravelmente melhor e mais:
os cidadãos deste país sentem precisamente essas melhorias.
A
Passos Coelho resta esperar pelo definhamento da oposição interna
que, talvez por falta de comparência, permita que o anterior
primeiro-ministro nos continuem a brindar com todo um mundo de
inanidade.
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