Anda
muita gente perdida e sem rumo, podemos encontrá-los nos partidos da
oposição, assim como em parte da comunicação social.
E
porquê? Porque esta solução política, contra tudo e contra todos,
encontrou viabilidade e mais: conseguiu resultados particularmente
positivos e animadores. Essa viabilidade e esses bons resultados
deixaram os partidos e a comunicação social apologista da
austeridade até à morte desprovidos de rumo, inexoravelmente
perdidos.
No
entanto, têm surgido algumas luzes ao fundo do túnel: Pedrogão,
Tancos e agora as demissões de três secretários de Estado. Tudo o
que vem à rede é peixe, e do bom, para uma oposição e também
para uma comunicação social que se viu esvaziada de sentido.
Ainda
assim, essas luzes ao fundo do túnel não reflectem uma desaprovação
generalizada da própria solução política. De resto, a insistência
na questão de Pedrogão, com aproveitamento político sob a forma de
alegados suicídios que rapidamente não se confirmaram, não colhe;
Tancos não colhe e a demissão de três secretários de Estado, cuja
conduta revelou uma espécie de ingenuidade inusitada, é vista sem
grandes inquietações por um eleitorado que não apreciará tanta
exploração de assuntos cuja responsabilidade política abrangerá
vários governos ou até com remodelações que não apagam os bons
resultados do Executivo de Costa.
Não
querendo ignorar a conduta desadequada dos três secretários de
Estado, a verdade é que este país já conheceu o BPN, submarinos,
Freeport e afins, casos incomparavelmente mais graves do que aqueles
protagonizados por quem aceitou, erradamente, convites para jogos de
futebol. E querer fazer, como a comunicação social e a oposição
pretendem, destes casos razão suficiente para atingir mortalmente o
Governo é passar um atestado de menoridade aos portugueses.
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