Passos
Coelho que afirmava não ser pessoa de voltar atrás na palavra e
"dar o dito pelo não dito", afinal fez precisamente o
contrário do que apregoou, pedindo ao ilustre autor do livro "Eu
e os Políticos" que o desobrigasse. A editora, outrora
conceituada, considera que nem sequer estão reunidas as condições
para haver alguma apresentação.
Assim,
Passos Coelho livra-se de uma tarefa que nada abonaria a seu favor.
Até porque é facilmente compreensível que a sarjeta não é o
lugar mais recomendável, sobretudo para quem ainda anseia pelo cargo
de primeiro-ministro. Mas este retrocesso não se justifica com a
natureza ignóbil do livro em questão, mas sim com esta curiosa
"desobrigação".
É
evidente que a polémica que se estava a instalar terá obrigado
Passos Coelho a rever a sua posição, embora nunca venha a admitir
que a sua associação a um livro que pretende chafurdar na vida de
vivos e de mortos não fosse a melhor opção.
Seja
como for, ficou a intenção e a ideia de que mesmo que se trate de
um erro, a opção de voltar atrás não é equacionada,
preferindo-se deste modo insistir no erro. Até porque não se trata
de um retrocesso de Passos Coelho, mas antes do facto do autor o ter
desobrigado, embora a seu pedido, a par da editora que considerou não
existirem condições para a apresentação do livro.
Patético
e triste, como de costume.
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