A
aplicação de sanções, por muito desprovida de sentido, por muito
injusta que seja e por toda a falta de coerência, dá gozo a algumas
criaturas que continuam, inexplicavelmente a deambular pela política.
O que torna tudo ainda mais curioso é que essas sanções recaem
sobre anos em que foram os mesmos que agora rejubilam (o mais
discretamente possível) a estar à frente dos destinos do país.
Passos
Coelho e Maria Luís Albuquerque rejeitam as suas responsabilidades,
acusando o actual Governo de não ter feito o suficiente para evitar
a aplicação de sanções. Risível, patético e até triste são
adjectivos apropriados. Passos Coelho e Maria Luís ainda alimentam a
esperança de voltar ao poder, com uma ajudinha da Europa, se
possível.
Cavaco
Silva, por sua vez, dá uma prova de vida no Conselho de Estado,
manifestando a sua compreensão pelas ditas sanções. Afinal de
contas, é importante cumprir as regras europeias. Não se ouviu uma
palavra do antigo Presidente quando as mesmas regras foram
desrespeitadas em mais de cem vezes. O ex-Presidente não se deve ter
apercebido. Risível, patético, decrépito são adjectivos
manifestamente insuficientes para descrever a atitude de Cavaco
Silva. Só nos pode ocorrer o seguinte desabafo: do que nos
livrámos...
De resto, podia passar toda uma vida a escrever sobre seres rastejantes, tal a quantidade e a incompreensível preponderância que essas criaturas têm em Portugal e na Europa.
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