O
défice afinal disparou para os 7,2 por cento para o ano de 2014, um
valor a rondar o dobro previsto. A razão? Banco Espírito Santo. A
notícia no mínimo embaraçosa, sobretudo em plena campanha
eleitoral, acabou por ser desvalorizada pelo ainda primeiro-ministro
recordando que a demora na venda do Novo Banco afinal traz vantagens
para o Estado português pela razão dos juros que o país arrecada
com o empréstimo.Mas à semelhança de tudo o resto, a verdade não
é bem aquela proferida pelo ainda primeiro-ministro. Em rigor,
Passos Coelho ter-se-á esquecido de referir um pormenor: o fundo de
resolução paga juros ao tesouro, o que não representa qualquer
ganho para o Estado. Paralelamente o dinheiro em causa corresponde a
uma parcela do empréstimo da troika e o que representa pagamento de
juros por parte do Estado português, o que significa que os
contribuintes ficarão mais de uma década a pagar esse empréstimo.
Assim se percebe que o assunto não merece ser desvalorizado pelos
membros da coligação, antes pelo contrário seria interessante
recordar a forma célere e limpa como se injecta dinheiro em bancos
falidos em oposição à ideia de que não há dinheiro para Estado
Social e salários, procedendo-se a cortes cegos e profundamente
injustos. E se esta não é razão suficiente para colocar a cruzinha
noutro sítio que não o da coligação PàF então não sei o que
será.
O New York Times revelou (parte) o que Donald Trump havia escondido: o seu registo fiscal. E as revelações apenas surpreendem pelas quantias irrisórias de impostos que Trump pagou e os anos, longos anos, em que não pagou um dólar que fosse. Recorde-se que todos os presidentes americanos haviam revelado as suas declarações, apenas Trump tudo fizera para as manter sem segredo. Agora percebe-se porquê. Em 2016, ano da sua eleição, o ainda Presidente americano pagou 750 dólares em impostos, depois de declarar um manancial de prejuízos, estratégia adoptada nos tais dez anos, em quinze, em que nem sequer pagou impostos. Ora, o homem que sempre se vangloriou do seu sucesso como empresário das duas, uma: ou não teve qualquer espécie de sucesso, apesar do estilo de vida luxuoso; ou simplesmente esta foi mais uma mentira indecente, ou um conjunto de mentiras indecentes. Seja como for, cai mais uma mancha na presidência de Donald Trump que, mesmo somando indecências atrás de indecências, vai fa
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