Em
Portugal sucedem situações inéditas: o caso de professores que,
apesar do curso que lhes confere a profissão de professor, são
ainda obrigados, à posteriori, a fazer um teste para aferir os
conhecimentos que o referido curso lhes confere. Só assim estarão
aptos a dar aulas.
Assim
sendo e como é referido com alguma insistência, o ministério da
Educação - o mesmo ministério que licencia os cursos de
professores - passa um atestado de incompetência a si próprio.
Nem
é necessário discutir a matéria que é avaliada nos referidos
testes porque desde logo a premissa inicial está errada. O
ministério anula-se a si próprio.
É
evidente que a ideia do Governo é a do costume: cortar no Estado
Social, ao mesmo tempo que abre portas ao sector privado, neste caso
ao ensino privado. No entanto, a incompetência é tanta que se
procura proceder a cortes recorrendo aos caminhos mais absurdos.
Pelo
caminho, assistimos a um desinvestimento na educação que nos
deveria arrepiar a todos. Continuamos a esquecer que a chave do
desenvolvimento dos países é precisamente a aposta que esse mesmo
país faz na área da educação. Em bom rigor, o desenvolvimento no
país não está na agenda deste Governo e pelo menos nesse aspecto
particular, o Governo é coerente consigo próprio, agindo em
consonância com a promessa entretanto obliterada pelo discurso
eleitoralista: empobrecer o país. A esse respeito têm sido bem
sucedidos.
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