Em nome do dinheiro vale tudo. Vale
vender o país aos bocadinhos, sector por sector, empobrecer o país,
retirar-lhe valor, desembaraçar-se da democracia, vender-se a
cidadania. Vale tudo, incluindo vender a alma ao Diabo, a deles e a
dos outros.
É neste contexto que se deve abordar
o tema dos vistos gold – como algo que faz parte de um projecto
mais abrangente. Os vistos gold, criação de Paulo Portas, para além
de fazerem a distinção entre cidadãos estrangeiros com base no
dinheiro, são uma porta aberta para lavagem de dinheiro e outros
crimes. O Estado conivente, estende a passadeira vermelha ao crime e
a situações opacas.
Depois das detenções de importantes
funcionários do Estado, voltou-se a falar dos vistos gold. Mas
alguém seriamente pode alguma vez considerar esta e outras medidas
como sendo positivas? Nada mais tem sido do que a venda da alma ao
Diabo, a deles e a nossa. E nós vamos deixando. Mesmo com demissões
manifestamente insuficientes.
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