O bem-estar dos cidadãos nunca foi
uma prioridade para quem ainda se mantém no Governo. A esmagadora
maioria das decisões políticas dos últimos anos foi contra o
bem-estar dos cidadãos. Empobreceu-se, destruiu-se e pouco mais.
Em nome da parcimónia, do dinheiro,
da poupança, dos lucros das empresas, o actual Executivo de Passos
Coelho decidiu aligeirar a auditorias periódicas a quem as empresas
estavam sujeitas com o objectivo de salvaguardar a qualidade do ar.
Em 2013 o Governo mudou a lei, flexibilizou-a, desregulou, o que se
queira chamar. Coincidência das coincidências o país é
confrontado com um surto de Legionella de dimensões nunca vistas.
O ministro do Ambiente fala na
possibilidade de crime ambiental, mas escusa-se naturalmente a
estabelecer qualquer relação entre o surto e a mudança da lei. É
mais fácil pensar que se trata de negligência por parte de unidade
fabril e que a relação entre o surto e a mudança na lei não passa
de uma infeliz coincidência.
Um coincidência que ocorre no final
do mandato de um Governo que sempre relegou os interesses dos
cidadãos para segundo plano. E a que questão que se impõe é a
seguinte: por que razão faria diferente com a saúde pública? As
ideologias, como se vê, também fazem mal.
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