A situação na capital ucraniana, Kiev, aproxima-se
vertiginosamente da guerra civil. Os protestos subiram de tom com
exigências de um regresso à Constituição de 2004, depois da suspensão
das negociações com a União Europeia, facto que deu origem às
manifestações de Novembro.
O país está dividido: a parte ocidental mais favorável a uma aproximação à UE e a parte oriental pro-rússia. No entanto, outros problemas são subjacentes às manifestações: a corrupção, a oligarquia instalada, as desigualdades sociais são os exemplos mais fortes.
O país está dividido: a parte ocidental mais favorável a uma aproximação à UE e a parte oriental pro-rússia. No entanto, outros problemas são subjacentes às manifestações: a corrupção, a oligarquia instalada, as desigualdades sociais são os exemplos mais fortes.
O desfecho destas manifestações que
se transformam rapidamente numa espécie de guerra civil é imprevisível.
Certezas, porém, há pelo menos duas: a Rússia que tradicionalmente tem
dominado a região que é hoje a Ucrânia não vai abdicar de ter este país
sob o seu domínio e a União Europeia que apoia a oposição não fará mais
do que tem feito, não excluindo a possibilidade de eventualmente recuar
no apoio que tem dado à oposição ao Presidente Viktor Yanukovich
(pró-russo).
Outro elemento que não pode ser esquecido prende-se com a preponderância
de movimentos de extrema-direita nas manifestações, o que nos leva a
questionar qual o futuro da Ucrânia num cenário de eventual queda do
actual Presidente.
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