Os tempos assim o exigem, em nome da
dívida, dos excessos, da União Europeia; em consequência do nosso mau
comportamento, passamos a viver sob a égide do "vale tudo", sendo que
esse "vale tudo" diz respeito exclusivamente aos cidadãos.
Uma crise, o ressurgimento de uma ideologia com ideias anacrónicas, com frases repetidas há quase cem anos; uma ideologia que serve um conjunto muito restrito de interesses.
A consequência é o "vale tudo": vale tudo em matéria de desvalorização salarial; vale tudo no que diz respeito às pensões; vale tudo relativamente à venda de empresas estratégicas; vale tudo no que toca ao enfraquecimento do Estado Social.
Tudo se tem agravado com o predomínio de partidos políticos muito pouco centrados na defesa dos interesses dos cidadãos, partidos esses que contam, paradoxalmente, com o apoio desses mesmos cidadãos.
Com efeito, a esquerda - a que ainda não se rendeu aos mercados - continua por não fazer o seu trabalho. A desunião, a ausência de audácia, a tibieza dos seus líderes, a inexistência de projectos políticos claros e, como não posso deixar de referir, o desinteresse da comunicação social resultam também no "vale tudo".
Na verdade, o dito "vale tudo" só é possível graças às fragilidades da própria esquerda no âmbito europeu.
Vivemos asfixiados por medidas de austeridade, sem vislumbrar no horizonte qualquer resquício de esperança. Só voltaremos a respirar quando nos cargos políticos representativos estiver quem, de facto, defenda os nossos interesses, quem se lembre do objectivo da política: o bem comum.
Uma crise, o ressurgimento de uma ideologia com ideias anacrónicas, com frases repetidas há quase cem anos; uma ideologia que serve um conjunto muito restrito de interesses.
A consequência é o "vale tudo": vale tudo em matéria de desvalorização salarial; vale tudo no que diz respeito às pensões; vale tudo relativamente à venda de empresas estratégicas; vale tudo no que toca ao enfraquecimento do Estado Social.
Tudo se tem agravado com o predomínio de partidos políticos muito pouco centrados na defesa dos interesses dos cidadãos, partidos esses que contam, paradoxalmente, com o apoio desses mesmos cidadãos.
Com efeito, a esquerda - a que ainda não se rendeu aos mercados - continua por não fazer o seu trabalho. A desunião, a ausência de audácia, a tibieza dos seus líderes, a inexistência de projectos políticos claros e, como não posso deixar de referir, o desinteresse da comunicação social resultam também no "vale tudo".
Na verdade, o dito "vale tudo" só é possível graças às fragilidades da própria esquerda no âmbito europeu.
Vivemos asfixiados por medidas de austeridade, sem vislumbrar no horizonte qualquer resquício de esperança. Só voltaremos a respirar quando nos cargos políticos representativos estiver quem, de facto, defenda os nossos interesses, quem se lembre do objectivo da política: o bem comum.
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