Os resultados das autárquicas traduziram-se numa "colossal" (peço emprestado o adjectivo ao primeiro-ministro) derrota do PSD.
Não obstante a insistência de que se tratou de um acto eleitoral com implicações locais ou regionais, a verdade é que o PSD, sobretudo o PSD a nível nacional sai enfraquecido. A história do CDS já é outra.
Volta discussão em torno dos consensos e da sua importância. O Presidente da República, à falta de melhor, insiste nos consensos. O Governo fala de consensos em oposição a um segundo resgate, numa clara manobra de chantagem. Todos agem como se o segundo resgate dependesse ou não desses consensos: consensos com o maior partido da oposição, consensos com os cidadãos.
A retórica reduz-se a: "se não fizermos isto, lá virá o segundo resgate". O segundo resgate virá mais dia, menos dia, provavelmente menos dia. Até lá temos um Governo enfraquecido, com o partido mais votado anódino, incompetente e sem outro recurso que não seja a chantagem.
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