Paulo Portas, embora tenha salvaguardado os direitos relativos às manifestações, não teve a contenção que se impõe a um vice (?) primeiro-ministro e que lhe impeça de proferir comentários mais adequados a um néscio.
Ora, Paulo Portas, a propósito da manifestação da CGTP, acredita que os pobres não marcaram presença em manifestações; os pobres nem tão-pouco aparecem na televisão.
Paulo
Portas não deve ter participado na manifestação, pelo menos a julgar
pelas tolices ofensivas que profere. Compreende-se a ideia, embora esta
gente se comporte como iluminados, a verdade é que vivem na mais abjecta
alienação. A ideia é associar manifestações como a da CGTP a grupos de
pretensos priveligiados, como sejam os que têm pensões acima dos 300
euros e funcionários públicos. Engana-se Paulo Portas, ou melhor: Paulo
Portas já não consegue enganar, e é esse o seu maior drama.
De
qualquer modo, Paulo Portas deverá participar noutras manifestações
para ver em primeira mão a ausência de pobres. Tem uma oportunidade já
no próximo sábado - trata-se de uma manifestação dos que deram as voltas
à comunicação social, alegando ser amigos da troika e dessa forma
conseguindo a atenção de uma comunicação social que mais não faz do que
coadjuvar os que estão empenhados em levar o retrocesso para as nossas
vidas.
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