A recente retórica belicista que, apesar de tudo, tem sido recorrente nas lideranças norte-coreanas, subiu de tom nas últimas semanas. A Coreia do Sul e os Estados Unidos respondem com a implementação de sistemas de defesa, designadamente com um sistema antimíssil.
A retórica belicista norte-coreana não constitui novidade, porém depois da subida ao poder - ao melhor estilo monárquico, num registo absolutista - do filho de Kim Jong-il, o também inefável Kim Jong-un essa retórica tem sido particularmente visceral. Paralelamente às palavras, tem sido verificadas algumas situações particularmente preocupantes como o impedimento de trabalhadores do Sul entrarem no Norte.
De resto, a China, país aliado na Coreia do Norte, já mostrou a sua preocupação com o que se está a passar entre a Coreias.
No passado, sobretudo no tempo de Kim Jong-il (pai do actual líder) assistimos ao mesmo género de retórica. Todavia, essa postura redundava invariavelmente no aligeiramento do tom belicista. Recorde-se que em 2007, inspectores das Nações Unidas confirmaram o encerramento de instalações de cariz nuclear.
Kim Jong-un, filho de Kim Jong-il, parece quer ir mais longe, não se coibindo de ameaçar "esmagar" os Estados Unidos, não deixando de insistir em palavras e acções provocatórias.
A situação é indubitavelmente preocupante.
Comentários