Há quem acuse o Governo de falhar no que diz respeito ao discurso
político, sobretudo no que toca à discussão sobre a "reforma" ou
"refundação" do Estado - designadamente do Estado Social.
O domingo costuma ser pródigo em declarações sobre uma multiplicidade de assuntos. A refundação do Estado não podia ter ficado de fora das análises habituais.
Ora, crítica-se a incapacidade do Governo de explicar aos cidadãos as medidas que se avizinham, apontam-se falhas no discurso político mas reforça-se a ideia de inevitabilidade que recai também sobre a refundação do Estado. Ou seja, o essencial não é passível de ser criticado, o problema está antes na forma como se explica o que é alegadamente inevitável. Não se discute a substância, fica-se apenas pela forma.
Quanto à tibieza do discurso político, este resulta de duas situações: a primeira passa pelo facto de o Governo, envolto na sua arrogância, não ver a necessidade de encetar uma discussão séria sobre o assunto; a segunda situação prende-se com a própria incapacidade do Governo, nesta como noutras matérias. Com efeito, não há muito a dizer sobre a inépcia do Governo.
Assim, não se percebe tanta razão para espanto. Discuta-se a substâncias intrínsecas às políticas que vão destruir o Estado Social, ao invés de se lamentar as capacidades de comunicação do Governo. Essa discussão pode, apesar de tudo, ficar para depois.
O domingo costuma ser pródigo em declarações sobre uma multiplicidade de assuntos. A refundação do Estado não podia ter ficado de fora das análises habituais.
Ora, crítica-se a incapacidade do Governo de explicar aos cidadãos as medidas que se avizinham, apontam-se falhas no discurso político mas reforça-se a ideia de inevitabilidade que recai também sobre a refundação do Estado. Ou seja, o essencial não é passível de ser criticado, o problema está antes na forma como se explica o que é alegadamente inevitável. Não se discute a substância, fica-se apenas pela forma.
Quanto à tibieza do discurso político, este resulta de duas situações: a primeira passa pelo facto de o Governo, envolto na sua arrogância, não ver a necessidade de encetar uma discussão séria sobre o assunto; a segunda situação prende-se com a própria incapacidade do Governo, nesta como noutras matérias. Com efeito, não há muito a dizer sobre a inépcia do Governo.
Assim, não se percebe tanta razão para espanto. Discuta-se a substâncias intrínsecas às políticas que vão destruir o Estado Social, ao invés de se lamentar as capacidades de comunicação do Governo. Essa discussão pode, apesar de tudo, ficar para depois.
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