Expiámos a nossa culpa, regressámos com sucesso aos mercados. Depois de
anos de incúria, de esbanjamento cujas responsabilidades são só nossas, o
grande líder Pedro Passos Coelho, coadjuvado pelo igualmente magnânimo
mestre das Finanças Vítor Gaspar conseguiram a proeza de nos fazer
regressar aos sacrossantos mercados.
Exageros de retórica à parte, o discurso oficial não anda longe do que acabámos de mencionar.
De resto, fica excluído o enquadramento europeu, decisivo para a compreensão deste assunto. Não se refere a crise da moeda única - que se agudizou com as doses cavalares de austeridade -. não se sublinha o facto dos mercados terem acalmado depois da mudança (ténue, mas ainda assim uma mudança) das políticas do BCE, excluindo-se da discussão o facto de toda a operação de regresso aos mercados ter decorrido debaixo do chapéu do BCE.
No discurso oficial não cabe a dimensão europeia do problema. Estamos como estamos por nossa responsabilidade e só sairemos deste problema recorrendo a políticas recessivas. E pelo caminho já todos esquecemos a origem desta crise.
Exageros de retórica à parte, o discurso oficial não anda longe do que acabámos de mencionar.
De resto, fica excluído o enquadramento europeu, decisivo para a compreensão deste assunto. Não se refere a crise da moeda única - que se agudizou com as doses cavalares de austeridade -. não se sublinha o facto dos mercados terem acalmado depois da mudança (ténue, mas ainda assim uma mudança) das políticas do BCE, excluindo-se da discussão o facto de toda a operação de regresso aos mercados ter decorrido debaixo do chapéu do BCE.
No discurso oficial não cabe a dimensão europeia do problema. Estamos como estamos por nossa responsabilidade e só sairemos deste problema recorrendo a políticas recessivas. E pelo caminho já todos esquecemos a origem desta crise.
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