Faz hoje um ano que as ruas de várias cidades do país se encheram com milhares de cidadãos num protesto organizado pela então denominada Geração à Rasca. O Público tem um artigo interessante sobre o tema, o jornal pergunta para onde foi a indignação e arrisca respostas que se centram no medo, na passividade dos Portugueses.
Não nos podemos esquecer que no dia 15 de Outubro de 2011 também se conseguiu compor a cidade de Lisboa e outras com milhares de pessoas, num protesto que contou com a participação da Geração à Rasca, entre outros movimentos. Nem tão-pouco nos podemos esquecer que este movimento e outros similares contribuíram para uma mudança que me parece ainda ser indelével: a participação de movimentos, a importância desses movimentos para a exteriorização do descontentamento.
Hoje fala-se do enfraquecimento destes movimentos. Não concordo. Os movimentos continuam a existir e a participação com o objectivo de mudar as políticas não perdeu toda a sua força. De resto, os resultados não são imediatos e parece-me que existe um sentimento mais ou menos generalizado de impotência que inviabiliza qualquer tomada de atitude.
A comunicação social tem feito bem o seu papel: ao dizer, seja através dos comentadores de pacotilha, seja através da escolha de notícias, que não há outro caminho ou que qualquer outro caminho resultaria numa espécie de Apocalipse.
Assim, assiste-se ao aprofundamento da inércia, seja resultado do medo de que tudo possa piorar, seja por nos impingirem incessantemente a velha ideia da inevitabilidade consequência de más escolhas por nós feitas.
É contra isto que os movimentos que deram origem ao protesto do dia 12 de Março do ano passado têm de lutar. É uma luta hercúlea que leva o seu tempo e que nem sempre produzirá os resultados almejados. Mas nem por isso deixa de ser uma luta necessária; uma luta que se revela cada vez mais necessária a cada dia que passa.
Não nos podemos esquecer que no dia 15 de Outubro de 2011 também se conseguiu compor a cidade de Lisboa e outras com milhares de pessoas, num protesto que contou com a participação da Geração à Rasca, entre outros movimentos. Nem tão-pouco nos podemos esquecer que este movimento e outros similares contribuíram para uma mudança que me parece ainda ser indelével: a participação de movimentos, a importância desses movimentos para a exteriorização do descontentamento.
Hoje fala-se do enfraquecimento destes movimentos. Não concordo. Os movimentos continuam a existir e a participação com o objectivo de mudar as políticas não perdeu toda a sua força. De resto, os resultados não são imediatos e parece-me que existe um sentimento mais ou menos generalizado de impotência que inviabiliza qualquer tomada de atitude.
A comunicação social tem feito bem o seu papel: ao dizer, seja através dos comentadores de pacotilha, seja através da escolha de notícias, que não há outro caminho ou que qualquer outro caminho resultaria numa espécie de Apocalipse.
Assim, assiste-se ao aprofundamento da inércia, seja resultado do medo de que tudo possa piorar, seja por nos impingirem incessantemente a velha ideia da inevitabilidade consequência de más escolhas por nós feitas.
É contra isto que os movimentos que deram origem ao protesto do dia 12 de Março do ano passado têm de lutar. É uma luta hercúlea que leva o seu tempo e que nem sempre produzirá os resultados almejados. Mas nem por isso deixa de ser uma luta necessária; uma luta que se revela cada vez mais necessária a cada dia que passa.
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