Depois do anúncio das medidas anunciadas hoje pela Troika, mas entretanto conhecidas, percebe-se que José Sócrates cumpre aquilo que prometeu numa intervenção que foi considerada um tropeção na língua: José Sócrates prometeu um país mais pobre e parece querer cumprir.
As medidas anunciadas, resultado das negociações com a Troika apontam como alvo a classe média que atolada em impostos procura manter a cabeça à tona de água. Mais impostos, mais empobrecimento para quem trabalha e aprofundamento da agonia de quem está no desemprego, no fundo é esta a receita negociada com a Troika e da qual José Sócrates parece ter tanto orgulho.
Quanto aos problemas de fundo da economia portuguesa, pouco será feito no sentido de aumentar a competitividade e a ineficiência de um Estado que gasta incrivelmente acima das suas possibilidades: a redução da taxa social única, facilidade nos despedimentos, diminuição do subsidio de desemprego (tempo e valor), ambiguidades no sentido de criar mais emprego para jovens, emprego invariavelmente precário parecem ser a panaceia para atenuar o problema da competitividade da economia portuguesa e atacar o desemprego. Por conseguinte, temos mais uma mão cheia de praticamente nada.
Paradoxalmente, o acordo é muito simpático para a banca que poderá contar com recapitalizações. A ver vamos se o financiamento volta às empresas.
Educação, saúde, justiça - a palavra de ordem é poupar. Mudanças que seriam da competência dos governos são poucas e como está visto se não forem impostas por fora não são executadas. Com uma possível e inefável reeleição de José Sócrates, tudo ficará na mesma e os problemas agravar-se-ão. De empréstimo em empréstimo, sem crescimento económico, rumo à falência. Poderia muito bem ser este o lema do primeiro-ministro demissionário, mas candidato a primeiro-ministro.
Finalmente, não se antevêem mudanças substanciais numa Administração Pública ineficiente e pesada que pretende esconder o seu anacronismo, a sua paixão pela burocracia e a sua absoluta ineficácia com pseudo-modernismos tão amados pelo primeiro-ministro. A partidocracia continuará a reinar porque não há Troika nenhuma no mundo que consiga fazer aquilo que só os portugueses podem fazer: deixar de escolher representantes que comprometem o nosso futuro colectivo, inseridos em partidos pejados de gente interesseira e incompetente. Enquanto continuarmos a depositar a nossa confiança nesta estirpe de políticos, não se podem almejar melhorias, muito pelo contrário.
Dir-se-á que não existem alternativas. Se assim é, passemos a equacionar a possibilidade de as criar!
As medidas anunciadas, resultado das negociações com a Troika apontam como alvo a classe média que atolada em impostos procura manter a cabeça à tona de água. Mais impostos, mais empobrecimento para quem trabalha e aprofundamento da agonia de quem está no desemprego, no fundo é esta a receita negociada com a Troika e da qual José Sócrates parece ter tanto orgulho.
Quanto aos problemas de fundo da economia portuguesa, pouco será feito no sentido de aumentar a competitividade e a ineficiência de um Estado que gasta incrivelmente acima das suas possibilidades: a redução da taxa social única, facilidade nos despedimentos, diminuição do subsidio de desemprego (tempo e valor), ambiguidades no sentido de criar mais emprego para jovens, emprego invariavelmente precário parecem ser a panaceia para atenuar o problema da competitividade da economia portuguesa e atacar o desemprego. Por conseguinte, temos mais uma mão cheia de praticamente nada.
Paradoxalmente, o acordo é muito simpático para a banca que poderá contar com recapitalizações. A ver vamos se o financiamento volta às empresas.
Educação, saúde, justiça - a palavra de ordem é poupar. Mudanças que seriam da competência dos governos são poucas e como está visto se não forem impostas por fora não são executadas. Com uma possível e inefável reeleição de José Sócrates, tudo ficará na mesma e os problemas agravar-se-ão. De empréstimo em empréstimo, sem crescimento económico, rumo à falência. Poderia muito bem ser este o lema do primeiro-ministro demissionário, mas candidato a primeiro-ministro.
Finalmente, não se antevêem mudanças substanciais numa Administração Pública ineficiente e pesada que pretende esconder o seu anacronismo, a sua paixão pela burocracia e a sua absoluta ineficácia com pseudo-modernismos tão amados pelo primeiro-ministro. A partidocracia continuará a reinar porque não há Troika nenhuma no mundo que consiga fazer aquilo que só os portugueses podem fazer: deixar de escolher representantes que comprometem o nosso futuro colectivo, inseridos em partidos pejados de gente interesseira e incompetente. Enquanto continuarmos a depositar a nossa confiança nesta estirpe de políticos, não se podem almejar melhorias, muito pelo contrário.
Dir-se-á que não existem alternativas. Se assim é, passemos a equacionar a possibilidade de as criar!
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