O Presidente da República utilizou a palavra "insustentável" para descrever a situação do país, referindo-se designadamente à difícil situação económica do país. As palavras do Presidente foram polémicas e recusadas por quem governa. De facto, haverá razões que fundamentem a tese da insustentabilidade económica, mas talvez mais grave seja a insustentabilidade política que inviabiliza a resolução da crise económica.
É evidente que o actual Governo não tem condições objectivas para governar, se dúvidas existem, veja-se o impasse que se verifica com o caso das Scuts. Na verdade, o Executivo de José Sócrates vive condicionado pela oposição, designadamente pelo PSD. Quando o PSD se começa a distanciar do Governo, as dificuldades para o Executivo liderado pelo PS são evidentes.
Infelizmente, não se vislumbra uma solução para este impasse. Uma moção de censura no Parlamento, com hipóteses de aprovação, parece posta de parte e o Presidente da República se adoptar uma posição só o fará depois das eleições presidenciais. Até há umas semanas atrás dir-se-ia que o PSD estava a beneficiar com a situação. A semana passada, com as revelações sobre a revisão constitucional, a vantagem de Passos Coelho poderá não se consolidar
De qualquer modo, há factos que parecem cada vez mais evidentes: o país precisa de um Governo que não tem; os partidos vivem refém dos seus interesses, deixando para segundo plano o interesse do país e o mesmo se passa com o Presidente da República. Mas podemos estar certos do seguinte: sem estabilidade política e sem capacidade real para governar, a famigerada crise continuará a fazer parte do quotidiano de todos nós.
É evidente que o actual Governo não tem condições objectivas para governar, se dúvidas existem, veja-se o impasse que se verifica com o caso das Scuts. Na verdade, o Executivo de José Sócrates vive condicionado pela oposição, designadamente pelo PSD. Quando o PSD se começa a distanciar do Governo, as dificuldades para o Executivo liderado pelo PS são evidentes.
Infelizmente, não se vislumbra uma solução para este impasse. Uma moção de censura no Parlamento, com hipóteses de aprovação, parece posta de parte e o Presidente da República se adoptar uma posição só o fará depois das eleições presidenciais. Até há umas semanas atrás dir-se-ia que o PSD estava a beneficiar com a situação. A semana passada, com as revelações sobre a revisão constitucional, a vantagem de Passos Coelho poderá não se consolidar
De qualquer modo, há factos que parecem cada vez mais evidentes: o país precisa de um Governo que não tem; os partidos vivem refém dos seus interesses, deixando para segundo plano o interesse do país e o mesmo se passa com o Presidente da República. Mas podemos estar certos do seguinte: sem estabilidade política e sem capacidade real para governar, a famigerada crise continuará a fazer parte do quotidiano de todos nós.
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