Paulo Rangel anunciou ontem a sua candidatura à presidência do PSD. Num discurso muito virado para o país e menos para o partido, Rangel não escondeu a sua vontade de governar o país. O eurodeputado que afirmava cumprir o seu mandato e apoiar uma eventual candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, vem agora apresentar uma candidatura "desprendida" e solitária. Espera-se agora o anúncio da candidatura do deputado Aguiar Branco para um maior definição dos próximos meses do PSD.
Esta candidatura pode ter vantagens relativamente às demais, em particular por se tratar de alguém que venceu as eleições europeias, como cabeça de lista pelo PSD; outra vantagem que é também percepcionada como desvantagem é a sua curta experiência no PSD -o que pode igualmente ser vista como vantagem numa altura de clara saturação dos mesmos rostos, das mesmas ideias (quando existem), das mesmas pessoas. Além disso, Paulo Rangel é exímio em matéria de retórica e oratória, ficamos a aguardar a sua excelência no que diz respeito à dialéctica, embora tenhamos uma boa ideia dessas suas capacidades, designadamente a partir daquelas demonstradas no Parlamento.
Com efeito, a candidatura de Paulo Rangel complica de forma evidente a vida do outro candidato já assumido, Pedro Passos Coelho. E a mais do que provável candidatura de Aguiar Branco poderá complicar a vida a Rangel. De qualquer modo, existe uma diferença entre Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel: a candidatura de Rangel será mais revestida de conteúdo do que a de Passos Coelho, a julgar pelo que conhecemos dos dois candidatos, esta é uma aposta ganha.
Note-se que Paulo Rangel fez um discurso de apresentação de candidatura muito interessante, com recurso a palavras como "ruptura" e "esperança" que poderão colher simpatias no curto prazo. Na situação em que o país se encontra, o discurso da ruptura é talvez o mais desejado.
Espera-se agora uma maior definição do projecto que Rangel vai apresentar e espera-se sobretudo que a campanha interna para a presidência do país seja rica em ideias, em projectos e que desta campanha saia alguém que recupere o que PSD tão rapidamente perdeu: capacidade de ser alternativa.
Esta candidatura pode ter vantagens relativamente às demais, em particular por se tratar de alguém que venceu as eleições europeias, como cabeça de lista pelo PSD; outra vantagem que é também percepcionada como desvantagem é a sua curta experiência no PSD -o que pode igualmente ser vista como vantagem numa altura de clara saturação dos mesmos rostos, das mesmas ideias (quando existem), das mesmas pessoas. Além disso, Paulo Rangel é exímio em matéria de retórica e oratória, ficamos a aguardar a sua excelência no que diz respeito à dialéctica, embora tenhamos uma boa ideia dessas suas capacidades, designadamente a partir daquelas demonstradas no Parlamento.
Com efeito, a candidatura de Paulo Rangel complica de forma evidente a vida do outro candidato já assumido, Pedro Passos Coelho. E a mais do que provável candidatura de Aguiar Branco poderá complicar a vida a Rangel. De qualquer modo, existe uma diferença entre Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel: a candidatura de Rangel será mais revestida de conteúdo do que a de Passos Coelho, a julgar pelo que conhecemos dos dois candidatos, esta é uma aposta ganha.
Note-se que Paulo Rangel fez um discurso de apresentação de candidatura muito interessante, com recurso a palavras como "ruptura" e "esperança" que poderão colher simpatias no curto prazo. Na situação em que o país se encontra, o discurso da ruptura é talvez o mais desejado.
Espera-se agora uma maior definição do projecto que Rangel vai apresentar e espera-se sobretudo que a campanha interna para a presidência do país seja rica em ideias, em projectos e que desta campanha saia alguém que recupere o que PSD tão rapidamente perdeu: capacidade de ser alternativa.
Comentários