O acordo entre PS, PSD e CDS sobre o Orçamento de Estado (OE) é uma realidade insofismável, e mostra antes de mais as fragilidades dos dois maiores partidos - um PS no Governo, mas com as dificuldades expectáveis de não governar em maioria absoluta e um PSD simplesmente desnorteado. O CDS, à procura de atingir uma outra dimensão e ofuscar o PSD, não se coibiu de fazer um acordo com o Governo.
Ora, apesar do fantasma da ingovernabilidade caso o OE não fosse viabilizado, o CDS, mas sobretudo o PSD, vão ter dificuldades em cumprir com aquilo que foi apregoado durante a campanha eleitoral. De facto, é difícil perceber como é que estes partidos podem subscrever a política económica que tem vindo a ser seguida pelo actual Governo. As obras públicas faraónicas como forma de investimento e cujos resultados serão dramáticos para os que tiverem que pagar a factura não podem ser aceites por quem advogou o contrário nos seus programas eleitorais. O que muitos aparentam ter dificuldades em entender é que não se trata de uma crítica ao investimento público, essencial para a recuperação da economia, mas sim deste investimento público megalómano em obras de regime. O PSD e o CSD terão que mostrar ao país que com este OE não estão a pôr em causa os seus compromissos com os eleitores.
E é também por esta razão que hoje foi dia de se falar de Pedro Passos Coelho. O candidato à presidência do PSD criticou o acordo entre Governo e PSD, em larga medida pelas razões acima descritas. Com efeito, o PSD anda à deriva. A caminhar para o fim definitivo da social-democracia, dando prevalência a outras tendências políticas que oscilam entre o liberalismo económico e o conservadorismo dos costumes. Pedro Passos Coelho já demonstrou ser próximo das correntes mais liberais do partido, o que é, por si só, um mau sinal para o partido. Outro mau sinal, é não haver outros candidatos e a discussão de ideias ser cada vez mais pobre.
Quanto ao OE e ao futuro do pais importa sublinhar o seguinte: vamos ter estabilidade governativa? Talvez. Mas a dúvida que se impõe agora é a que custo.
Ora, apesar do fantasma da ingovernabilidade caso o OE não fosse viabilizado, o CDS, mas sobretudo o PSD, vão ter dificuldades em cumprir com aquilo que foi apregoado durante a campanha eleitoral. De facto, é difícil perceber como é que estes partidos podem subscrever a política económica que tem vindo a ser seguida pelo actual Governo. As obras públicas faraónicas como forma de investimento e cujos resultados serão dramáticos para os que tiverem que pagar a factura não podem ser aceites por quem advogou o contrário nos seus programas eleitorais. O que muitos aparentam ter dificuldades em entender é que não se trata de uma crítica ao investimento público, essencial para a recuperação da economia, mas sim deste investimento público megalómano em obras de regime. O PSD e o CSD terão que mostrar ao país que com este OE não estão a pôr em causa os seus compromissos com os eleitores.
E é também por esta razão que hoje foi dia de se falar de Pedro Passos Coelho. O candidato à presidência do PSD criticou o acordo entre Governo e PSD, em larga medida pelas razões acima descritas. Com efeito, o PSD anda à deriva. A caminhar para o fim definitivo da social-democracia, dando prevalência a outras tendências políticas que oscilam entre o liberalismo económico e o conservadorismo dos costumes. Pedro Passos Coelho já demonstrou ser próximo das correntes mais liberais do partido, o que é, por si só, um mau sinal para o partido. Outro mau sinal, é não haver outros candidatos e a discussão de ideias ser cada vez mais pobre.
Quanto ao OE e ao futuro do pais importa sublinhar o seguinte: vamos ter estabilidade governativa? Talvez. Mas a dúvida que se impõe agora é a que custo.
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