As autárquicas finalizam um período de três actos eleitorais em poucos meses. Quanto aos resultados surgiram algumas surpresas agradáveis como o caso de Felgueiras, mas muito se manteve na mesma. Lisboa e Porto ficaram nas mãos daqueles que já se previa que ficariam e PS e PSD discutem quem venceu verdadeiramente estas eleições enquanto os restantes partidos tentam esconder as suas perdas ou a sua insignificância a nível local.
Os resultados também mostram um país pouco disposto a mudar, e, em alguns casos ainda agarrado ao passado, sem capacidade de olhar para o futuro das suas terras. Outros continuam a ver o seu discernimento toldado por cegueira partidária e ideológica. E noutros casos ainda, os resultados denunciam um largo número de cidadãos que relativizam as decisões dos tribunais, manifestando um desprezo assinalável pelo próprio Estado de Direito.
No cômputo geral, não há muito mais a dizer de umas eleições que foram ofuscadas pelos resultados das legislativas e em que esteve fora da campanha eleitoral assuntos como a própria organização e poderes das autarquias - às quais cada vez se exige mais intervenção, mas com instrumentos obsoletos para atingir os fins que se exige.
No caso do concelho onde a autora deste blogue reside - concelho do Seixal - não há muito a dizer. Apenas que fica tudo na mesma. Uma autarquia que denota um desprezo abjecto pela zona histórica, uma autarquia incompetente (perderam-se fundos comunitários por manifesta incompetência), uma autarquia incapaz de atrair investimento para o concelho e ineficiente no combate a uma criminalidade crescente e um autarca que nunca explicou taxativamente o pagamento de serviços a dois advogados que ascende a quase meio milhão de euros. Aparentemente, nada disto teve qualquer impacto num concelho de costas voltadas para o desenvolvimento. O que realmente conta é a cor partidária que degenera numa cegueira colectiva. Assim vai este concelho, há décadas. Isto apesar de outros concelhos terem mostrado nestas eleições a vontade de mudar. A CDU perdeu Beja, Sines, Marinha Grande, entre outros.
Os resultados também mostram um país pouco disposto a mudar, e, em alguns casos ainda agarrado ao passado, sem capacidade de olhar para o futuro das suas terras. Outros continuam a ver o seu discernimento toldado por cegueira partidária e ideológica. E noutros casos ainda, os resultados denunciam um largo número de cidadãos que relativizam as decisões dos tribunais, manifestando um desprezo assinalável pelo próprio Estado de Direito.
No cômputo geral, não há muito mais a dizer de umas eleições que foram ofuscadas pelos resultados das legislativas e em que esteve fora da campanha eleitoral assuntos como a própria organização e poderes das autarquias - às quais cada vez se exige mais intervenção, mas com instrumentos obsoletos para atingir os fins que se exige.
No caso do concelho onde a autora deste blogue reside - concelho do Seixal - não há muito a dizer. Apenas que fica tudo na mesma. Uma autarquia que denota um desprezo abjecto pela zona histórica, uma autarquia incompetente (perderam-se fundos comunitários por manifesta incompetência), uma autarquia incapaz de atrair investimento para o concelho e ineficiente no combate a uma criminalidade crescente e um autarca que nunca explicou taxativamente o pagamento de serviços a dois advogados que ascende a quase meio milhão de euros. Aparentemente, nada disto teve qualquer impacto num concelho de costas voltadas para o desenvolvimento. O que realmente conta é a cor partidária que degenera numa cegueira colectiva. Assim vai este concelho, há décadas. Isto apesar de outros concelhos terem mostrado nestas eleições a vontade de mudar. A CDU perdeu Beja, Sines, Marinha Grande, entre outros.
Comentários
E a razão pode decidir entre as duas hipoteses, escolhendo uma indiscutivelmente melhor do que a outra, ou as coisas são um pouco mais complexas do que isso?