A situação política em Israel, que resultou do mais recente processo eleitoral, constitui um sério obstáculo à paz. As mais recentes notícias dão conta de um acordo entre o partido Trabalhista (centro-esquerda sionista) e o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Likud, envolvendo a manutenção da pasta da defesa nas mãos de Ehud Barak. Apesar desta notícia acabar por contrariar a tendência para que o novo Governo israelita seja de direita, a verdade é que as coligações de Netanyahu com nacionalistas e ultra-ortodoxos não augura nada de bom para a estabilidade da região.
Na verdade, é fácil criticar politicamente os territórios palestinianos, designadamente as escolhas do povo palestiniano e, embora o partido Likud, partido de Netanyahu, não tenha necessariamente conseguido mais votos, este reúne outras condições para fazer uma coligação que Tzipi Livni, a líder do partido Kadima, não conseguiu reunir. Por uma questão de coerência esta coligação de direita (mesmo com alguma participação do partido Trabalhista) pode também ser alvo de críticas, na medida em que as suas posições politicas põem em causa a estabilidade na região.
Com efeito, existe desde já um problema com o Governo embrionário de Netanyahu: a recusa em aceitar a co-existência de dois Estados. Esta recusa é o mais sério obstáculo à paz na região e constitui um sério revés para a comunidade internacional que tem pugnado pela co-existência de dois Estados: um Israelita e um Palestiniano. Sem um processo que resulte na existência de dois Estados, o conflito israelo-palestiniano continuará a ser uma realidade inabalável.
A predominância de uma direita com laivos de radicalismo no Governo israelita revelar-se-á contraproducente. Paralelamente, as relações entre Israel e Estados Unidos poderão sofrer uma séria deterioração. O Presidente americano, Barack Obama, é manifestamente a favor da co-existência de dois Estados; esta é, aliás, uma questão inegociável. Sucintamente e apesar da possibilidade do partido Trabalhista poder vir a fazer parte do Governo israelita, o domínio de direita desse mesmo Governo é indubitavelmente um passo atrás na difícil resolução do conflito israelo-palestiniano.
Notícia in Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370602&idCanal=11
Na verdade, é fácil criticar politicamente os territórios palestinianos, designadamente as escolhas do povo palestiniano e, embora o partido Likud, partido de Netanyahu, não tenha necessariamente conseguido mais votos, este reúne outras condições para fazer uma coligação que Tzipi Livni, a líder do partido Kadima, não conseguiu reunir. Por uma questão de coerência esta coligação de direita (mesmo com alguma participação do partido Trabalhista) pode também ser alvo de críticas, na medida em que as suas posições politicas põem em causa a estabilidade na região.
Com efeito, existe desde já um problema com o Governo embrionário de Netanyahu: a recusa em aceitar a co-existência de dois Estados. Esta recusa é o mais sério obstáculo à paz na região e constitui um sério revés para a comunidade internacional que tem pugnado pela co-existência de dois Estados: um Israelita e um Palestiniano. Sem um processo que resulte na existência de dois Estados, o conflito israelo-palestiniano continuará a ser uma realidade inabalável.
A predominância de uma direita com laivos de radicalismo no Governo israelita revelar-se-á contraproducente. Paralelamente, as relações entre Israel e Estados Unidos poderão sofrer uma séria deterioração. O Presidente americano, Barack Obama, é manifestamente a favor da co-existência de dois Estados; esta é, aliás, uma questão inegociável. Sucintamente e apesar da possibilidade do partido Trabalhista poder vir a fazer parte do Governo israelita, o domínio de direita desse mesmo Governo é indubitavelmente um passo atrás na difícil resolução do conflito israelo-palestiniano.
Notícia in Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370602&idCanal=11
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