Neste momento só é sensato discutir-se as eventuais consequências políticas do caso Freeport, deixando que a justiça se encarregue das possíveis consequências judiciais. Do ponto de vista político, é evidente que o caso Freeport ensombra a imagem do primeiro-ministro. O desgaste é evidente. E a comunicação social não consegue esconder a voracidade que este caso lhe está a provocar.
O desgaste que as dúvidas, as suspeições e as situações menos transparentes têm causado na imagem do primeiro-ministro são ainda mais graves em ano de eleições. Os principais partidos da oposição têm tido uma actuação genericamente correcta, pelo menos no que toca a declarações extemporâneas que, até ao momento, não tem acontecido.
Todavia, mesmo que o caso não seja aproveitado politicamente pelos partidos da oposição, não se pode negar que a contínua torrente de notícias sobre alegadas irregularidades envolvendo familiares de José Sócrates pode causar danos graves nas aspirações políticas do primeiro-ministro. José Sócrates conseguiu ultrapassar a questão da sua licenciatura. Ora, o problema que reiteradamente se tem colocado com o Freeport é visto como sendo mais grave, nem que seja pelo facto das ligações opacas entre os envolvidos no processo estarem ostensivamente relacionadas com o primeiro-ministro.
Note-se que a fragilização do primeiro-ministro não é necessariamente benéfica para país, como será provavelmente do entendimento de quem não se revê em José Sócrates. Pelo contrário, num ano que se anuncia particularmente difícil para os portugueses, esta instabilidade é manifestamente contraproducente. O país precisa de estabilidade política, concordemos ou não com as políticas do actual Executivo. Sem essa estabilidade tornar-se-á impossível ultrapassar-se o vasto rol de efeitos da crise. Se à instabilidade económica se juntar a instabilidade política, os problemas que o país atravessa aumentarão de forma exponencial.
É essencialmente por esta razão que se pede uma clarificação rápida do caso Freeport. Não nos podemos é dar ao luxo de nos perdermos numa avalanche de suspeições, ao invés de procurarmos e implementarmos soluções para os problemas do país. A autora deste blogue não se revê no grosso das políticas do Executivo de José Sócrates, no entanto, o caminho que nos dê outra solução política não é seguramente este.
O desgaste que as dúvidas, as suspeições e as situações menos transparentes têm causado na imagem do primeiro-ministro são ainda mais graves em ano de eleições. Os principais partidos da oposição têm tido uma actuação genericamente correcta, pelo menos no que toca a declarações extemporâneas que, até ao momento, não tem acontecido.
Todavia, mesmo que o caso não seja aproveitado politicamente pelos partidos da oposição, não se pode negar que a contínua torrente de notícias sobre alegadas irregularidades envolvendo familiares de José Sócrates pode causar danos graves nas aspirações políticas do primeiro-ministro. José Sócrates conseguiu ultrapassar a questão da sua licenciatura. Ora, o problema que reiteradamente se tem colocado com o Freeport é visto como sendo mais grave, nem que seja pelo facto das ligações opacas entre os envolvidos no processo estarem ostensivamente relacionadas com o primeiro-ministro.
Note-se que a fragilização do primeiro-ministro não é necessariamente benéfica para país, como será provavelmente do entendimento de quem não se revê em José Sócrates. Pelo contrário, num ano que se anuncia particularmente difícil para os portugueses, esta instabilidade é manifestamente contraproducente. O país precisa de estabilidade política, concordemos ou não com as políticas do actual Executivo. Sem essa estabilidade tornar-se-á impossível ultrapassar-se o vasto rol de efeitos da crise. Se à instabilidade económica se juntar a instabilidade política, os problemas que o país atravessa aumentarão de forma exponencial.
É essencialmente por esta razão que se pede uma clarificação rápida do caso Freeport. Não nos podemos é dar ao luxo de nos perdermos numa avalanche de suspeições, ao invés de procurarmos e implementarmos soluções para os problemas do país. A autora deste blogue não se revê no grosso das políticas do Executivo de José Sócrates, no entanto, o caminho que nos dê outra solução política não é seguramente este.
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