O maior partido da oposição ainda não conseguiu mostrar-se ao país como verdadeira alternativa ao Governo. E isso não será possível enquanto a actual líder do partido se recusar em mostrar ao país que o seu partido constitui uma alternativa ao partido do Governo. A ideia parece ser a da contenção de palavras e a do discurso parco em ideias. Os projectos ficarão para um programa do partido para as próximas eleições. O problema desta estratégia é que os cidadãos não conseguem perceber como o PSD pode ser uma alternativa ao PS. E a espera poderá ser politicamente fatal.
Nestas condições, não é possível continuar a adiar a necessidade de mostrar aos eleitores em que aspectos o PSD pode ser diferente do PS. E pode. Aliás, Marques Mendes, ex-Presidente do partido, mostrou como é possível fazer essa destrinça, num recente livro que lançou.
Tem vigorado a ideia de que o PS de José Sócrates roubou espaço ideológico – se é que assim se pode chamar – ao PSD. E em algumas matérias é verdade que o PS terá encetado políticas que poderiam fazer parte da cartilha ideológica do PSD. Mas a ausência de políticas, ideias e projectos do PSD, nos últimos anos, condena o partido ao vazio e à insignificância.
O PSD, com a actual liderança, tem fugido à discussão sobre Educação. Aqui, por exemplo, é possível afastar-se inexoravelmente das políticas do Governo. O mesmo é possível no que diz respeito à Justiça – um dos maiores falhanços do actual Governo. É igualmente possível que o PSD se distancie do Governo no que diz respeito à Saúde e à Administração Pública. O modelo económico que é seguido pelo Governo pode e deve merecer discussão, e neste particular Manuela Ferreira Leite tem procurado chamar à atenção para a questão das obras públicas que estão na calha. A fiscalidade, a energia, a competitividade, a ciência, o ambiente e a cultura são assuntos incontornáveis de um programa partidário, mas podem também ser discutidos ao longo deste próximo ano.
É esse o grande desafio do PSD. Mostrar que é capaz de fazer diferente e melhor comparativamente com aquilo que tem sido a acção política do Governo. Contudo, é imperativo que, gradualmente, a actual liderança do PSD mostre aos portugueses o que quer para o país, ao invés de se dar ao luxo de esperar até ao período de eleições. O Governo terá de discutir, brevemente, o Orçamento de Estado – esta é uma grande oportunidade para o PSD mostrar que é diferente do PS.
Nestas condições, não é possível continuar a adiar a necessidade de mostrar aos eleitores em que aspectos o PSD pode ser diferente do PS. E pode. Aliás, Marques Mendes, ex-Presidente do partido, mostrou como é possível fazer essa destrinça, num recente livro que lançou.
Tem vigorado a ideia de que o PS de José Sócrates roubou espaço ideológico – se é que assim se pode chamar – ao PSD. E em algumas matérias é verdade que o PS terá encetado políticas que poderiam fazer parte da cartilha ideológica do PSD. Mas a ausência de políticas, ideias e projectos do PSD, nos últimos anos, condena o partido ao vazio e à insignificância.
O PSD, com a actual liderança, tem fugido à discussão sobre Educação. Aqui, por exemplo, é possível afastar-se inexoravelmente das políticas do Governo. O mesmo é possível no que diz respeito à Justiça – um dos maiores falhanços do actual Governo. É igualmente possível que o PSD se distancie do Governo no que diz respeito à Saúde e à Administração Pública. O modelo económico que é seguido pelo Governo pode e deve merecer discussão, e neste particular Manuela Ferreira Leite tem procurado chamar à atenção para a questão das obras públicas que estão na calha. A fiscalidade, a energia, a competitividade, a ciência, o ambiente e a cultura são assuntos incontornáveis de um programa partidário, mas podem também ser discutidos ao longo deste próximo ano.
É esse o grande desafio do PSD. Mostrar que é capaz de fazer diferente e melhor comparativamente com aquilo que tem sido a acção política do Governo. Contudo, é imperativo que, gradualmente, a actual liderança do PSD mostre aos portugueses o que quer para o país, ao invés de se dar ao luxo de esperar até ao período de eleições. O Governo terá de discutir, brevemente, o Orçamento de Estado – esta é uma grande oportunidade para o PSD mostrar que é diferente do PS.
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