O Bloco de Esquerda teve a iniciativa de levar à Assembleia da República o tema da precariedade laboral. Esta iniciativa merece profundos elogios, ainda para mais num contexto em que os restantes partidos políticos refugiam-se no mais insidioso silêncio.
O tema da precariedade laboral é, amiúde, ignorado quer pela comunicação social, quer pelo poder político. Parece, pois, que todos conhecemos a realidade do trabalho precário, mas ainda assim preferimos ignorá-la.
O trabalho precário tem as suas causas na vigência de uma mentalidade obtusa que privilegia o facilitismo, o lucro fácil, e inadvertidamente acaba por redundar no fracasso de muitas empresas que, ao invés, de apostarem num desenvolvimento sustentável, mas trabalhoso, preferem enveredar pelo caminho mais fácil. São os mesmos empresários que ainda perceberam que a produtividade das empresas está intimamente ligada à satisfação dos funcionários – ainda não perceberam que têm de estipular um mínimo de satisfação aceitável, caso contrário, a precariedade laboral terá reflexos na produtividade que, por sua vez, terá reflexos nos resultados da empresa.
Mas o Estado também não promove as melhores práticas. Continua, portanto, a dar o mau exemplo. O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, considera, no entanto, que o Governo está a trabalhar no sentido de atenuar o problema da precariedade laboral, e que a introdução de alterações em matéria de legislação laboral vai ter um forte impacto no combate ao trabalho precário. Vieira da Silva esquece-se contudo que, enquanto o Estado der o mau exemplo, o sector privado não se vai sentir dissuadido a adoptar melhores práticas.
Em síntese, o Governo tenciona flexibilizar as leis laborais, o que se traduz essencialmente pelo seguinte: flexibilização da leis laborais, eliminando constrangimentos desnecessários, flexibilizando horários e facilitando quer o despedimento quer as contratações. Este parece ser o caminho para resolver mais este flagelo social. Todavia, o problema é de uma mentalidade que privilegia a mediocridade e o lucro fácil, por um lado, e de um Estado pesado e demasiado exigente em matéria fiscal, por outro.
De qualquer modo, a precariedade do emprego é, indubitavelmente um drama social que afecta, particularmente, os mais jovens. Curiosamente, trata-se do mesmo país que, durante décadas, tem vindo a clamar por mais qualificação, e que simultaneamente despreza os mais qualificados.
Os jovens são as verdadeiras vítimas da precariedade laboral que vêem, assim, o seu futuro ser incessantemente adiado. O mais grave é que este é considerado um drama pessoal, que a sociedade, genericamente ignora. Só quem está numa situação de precariedade é que se preocupa com o fenómeno. Este egoísmo generalizado é mais um sinal negativo de uma sociedade em desconstrução.
O tema da precariedade laboral é, amiúde, ignorado quer pela comunicação social, quer pelo poder político. Parece, pois, que todos conhecemos a realidade do trabalho precário, mas ainda assim preferimos ignorá-la.
O trabalho precário tem as suas causas na vigência de uma mentalidade obtusa que privilegia o facilitismo, o lucro fácil, e inadvertidamente acaba por redundar no fracasso de muitas empresas que, ao invés, de apostarem num desenvolvimento sustentável, mas trabalhoso, preferem enveredar pelo caminho mais fácil. São os mesmos empresários que ainda perceberam que a produtividade das empresas está intimamente ligada à satisfação dos funcionários – ainda não perceberam que têm de estipular um mínimo de satisfação aceitável, caso contrário, a precariedade laboral terá reflexos na produtividade que, por sua vez, terá reflexos nos resultados da empresa.
Mas o Estado também não promove as melhores práticas. Continua, portanto, a dar o mau exemplo. O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, considera, no entanto, que o Governo está a trabalhar no sentido de atenuar o problema da precariedade laboral, e que a introdução de alterações em matéria de legislação laboral vai ter um forte impacto no combate ao trabalho precário. Vieira da Silva esquece-se contudo que, enquanto o Estado der o mau exemplo, o sector privado não se vai sentir dissuadido a adoptar melhores práticas.
Em síntese, o Governo tenciona flexibilizar as leis laborais, o que se traduz essencialmente pelo seguinte: flexibilização da leis laborais, eliminando constrangimentos desnecessários, flexibilizando horários e facilitando quer o despedimento quer as contratações. Este parece ser o caminho para resolver mais este flagelo social. Todavia, o problema é de uma mentalidade que privilegia a mediocridade e o lucro fácil, por um lado, e de um Estado pesado e demasiado exigente em matéria fiscal, por outro.
De qualquer modo, a precariedade do emprego é, indubitavelmente um drama social que afecta, particularmente, os mais jovens. Curiosamente, trata-se do mesmo país que, durante décadas, tem vindo a clamar por mais qualificação, e que simultaneamente despreza os mais qualificados.
Os jovens são as verdadeiras vítimas da precariedade laboral que vêem, assim, o seu futuro ser incessantemente adiado. O mais grave é que este é considerado um drama pessoal, que a sociedade, genericamente ignora. Só quem está numa situação de precariedade é que se preocupa com o fenómeno. Este egoísmo generalizado é mais um sinal negativo de uma sociedade em desconstrução.
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