A ASAE é responsável por uma nova proeza: superar novamente os limites da sensatez, resvalando inevitavelmente para o mais absurdo ridículo. O episódio conta-se em algumas linhas: um proprietário de um armazém foi detido e o seu material apreendido, designadamente máquinas de chocolate, isto porque a iluminada ASAE considera haver ilícito criminal relacionado com o jogo de fortuna e azar. Ou por outras palavras, o proprietário do armazém foi detido por possuir e comercializar máquinas de bolas que dão, ao acaso, chocolates.
Para além das já habituais dúvidas em matéria de regulamentação – a ASAE actua de uma determinada forma, os tribunais, em alguns casos, têm outro entendimento –, a situação é manifestamente ridícula e desprovida de sentido. Ora, não faria mais sentido fazer um esclarecimento aos comerciantes deste tipo de máquinas e aos proprietários de restaurantes e cafés? Ao invés de multar e deter? A resposta é claramente negativa, até porque a ASAE não faz pedagogia, aplica obtusamente a lei e multa indiscriminadamente.
O caso em apreciação serve para se perceber melhor a filosofia de uma espécie de polícia ao serviço da intrusão do Estado na vida dos cidadãos e da mania doentia de se pretender regulamentar tudo e mais alguma coisa. Além disso, a ASAE presta um péssimo serviço ao país quando se envolve em situações que mais não são do que uma amálgama de regulamentação ambígua, chocolates, jogo de fortuna e de azar e detenções. Será que estes senhores que estão à frente da putativa ASAE não têm noção do ridículo, ou será que tomam os portugueses por parvos?
E como é possível enquadrar-se uma máquina que dá brindes infantis, sob a forma de chocolate, num contexto de jogo de fortuna e de azar? A acção da reputada ASAE é, amiúde, despicienda no que toca a fiscalizar casinos, antros de jogos de fortuna e azar, e revela-se rigorosa e preocupada com máquinas de chocolates para crianças. Enfim, a ASAE é mais um paradigma de um país que ainda não percebeu o quão patético consegue ser.
Para além das já habituais dúvidas em matéria de regulamentação – a ASAE actua de uma determinada forma, os tribunais, em alguns casos, têm outro entendimento –, a situação é manifestamente ridícula e desprovida de sentido. Ora, não faria mais sentido fazer um esclarecimento aos comerciantes deste tipo de máquinas e aos proprietários de restaurantes e cafés? Ao invés de multar e deter? A resposta é claramente negativa, até porque a ASAE não faz pedagogia, aplica obtusamente a lei e multa indiscriminadamente.
O caso em apreciação serve para se perceber melhor a filosofia de uma espécie de polícia ao serviço da intrusão do Estado na vida dos cidadãos e da mania doentia de se pretender regulamentar tudo e mais alguma coisa. Além disso, a ASAE presta um péssimo serviço ao país quando se envolve em situações que mais não são do que uma amálgama de regulamentação ambígua, chocolates, jogo de fortuna e de azar e detenções. Será que estes senhores que estão à frente da putativa ASAE não têm noção do ridículo, ou será que tomam os portugueses por parvos?
E como é possível enquadrar-se uma máquina que dá brindes infantis, sob a forma de chocolate, num contexto de jogo de fortuna e de azar? A acção da reputada ASAE é, amiúde, despicienda no que toca a fiscalizar casinos, antros de jogos de fortuna e azar, e revela-se rigorosa e preocupada com máquinas de chocolates para crianças. Enfim, a ASAE é mais um paradigma de um país que ainda não percebeu o quão patético consegue ser.
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