O Governo de José Sócrates não tem prestado o melhor serviço ao país quando o primeiro-ministro, em campanha eleitoral e no seu programa de Governo, prometeu e não cumpriu, ou melhor, fez precisamente o contrário do que tinha prometido. Essas promessas vazias são nefastas para a própria democracia e têm reflexos óbvios na confiança que os cidadãos têm relativamente à classe política.
O primeiro-ministro prometeu não aumentar a carga fiscal, e logo que entrou em funções informou os cidadãos, corroborado pelo Banco de Portugal na pessoa de Vítor Constâncio, de que afinal o défice seria muito acima do que estava previsto e que os portugueses tinham de fazer sacrifícios inesperados. O primeiro-ministro prometeu criar 150 mil postos de trabalho, quando o que se verificou foi um aumento do desemprego, e o emprego criado é precário e pouco qualificado. O primeiro-ministro prometeu ainda referendar o Tratado Europeu. O Governo defende-se agora dizendo que se trata do malogrado Tratado Constitucional e não deste tratado; quando esse argumento perdeu peso, o Governo recorreu às pressões alegadamente exercidas por outros Estados-membros da UE.
O Executivo de José Sócrates contribui assim para descredibilizar uma classe política já por si muito debilitada. Esta não pode ser a melhor forma de se fazer política, recorrendo a promessas vazias para depois não se cumprir rigorosamente o que se havia prometido.
Recorde-se que os cidadãos deste país sentiram-se já abandonados por vários governos – começando com António Guterres, passando por Durão Barroso, e culminando com Santana Lopes (não por vontade própria), e agora estes mesmos cidadãos, quando já tinham recuperado de tantos abandonos, vêem-se agora governados por um Executivo que tudo lhes pede, mas que não lhes oferece nada, nem mesmo o que prometeu.
Esta é a história, com contornos de romance, da política portuguesa dos últimos anos. Acrescente-se a isto a arrogância e a intransigência que caracterizam a actuação do actual Governo, e temos os ingredientes suficientes para concluir que os portugueses não merecem tanto. Infelizmente, quem pisca agora o olho aos eleitores, o PSD, não parece ser capaz de oferecer mais e melhor a quem vai perdendo a esperança num futuro promissor. Aguardam-se novos episódios desta novela, que se não tivesse lugar em Portugal até poderia ser sul-americana. E daí, quem sabe…
O primeiro-ministro prometeu não aumentar a carga fiscal, e logo que entrou em funções informou os cidadãos, corroborado pelo Banco de Portugal na pessoa de Vítor Constâncio, de que afinal o défice seria muito acima do que estava previsto e que os portugueses tinham de fazer sacrifícios inesperados. O primeiro-ministro prometeu criar 150 mil postos de trabalho, quando o que se verificou foi um aumento do desemprego, e o emprego criado é precário e pouco qualificado. O primeiro-ministro prometeu ainda referendar o Tratado Europeu. O Governo defende-se agora dizendo que se trata do malogrado Tratado Constitucional e não deste tratado; quando esse argumento perdeu peso, o Governo recorreu às pressões alegadamente exercidas por outros Estados-membros da UE.
O Executivo de José Sócrates contribui assim para descredibilizar uma classe política já por si muito debilitada. Esta não pode ser a melhor forma de se fazer política, recorrendo a promessas vazias para depois não se cumprir rigorosamente o que se havia prometido.
Recorde-se que os cidadãos deste país sentiram-se já abandonados por vários governos – começando com António Guterres, passando por Durão Barroso, e culminando com Santana Lopes (não por vontade própria), e agora estes mesmos cidadãos, quando já tinham recuperado de tantos abandonos, vêem-se agora governados por um Executivo que tudo lhes pede, mas que não lhes oferece nada, nem mesmo o que prometeu.
Esta é a história, com contornos de romance, da política portuguesa dos últimos anos. Acrescente-se a isto a arrogância e a intransigência que caracterizam a actuação do actual Governo, e temos os ingredientes suficientes para concluir que os portugueses não merecem tanto. Infelizmente, quem pisca agora o olho aos eleitores, o PSD, não parece ser capaz de oferecer mais e melhor a quem vai perdendo a esperança num futuro promissor. Aguardam-se novos episódios desta novela, que se não tivesse lugar em Portugal até poderia ser sul-americana. E daí, quem sabe…
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