No
sentido figurado, é claro. Em entrevista ao jornal Público, a líder
do CDS e candidata pelo mesmo partido à Câmara de Lisboa, resolveu
revelar que Passos Coelho que não levava os assuntos relacionados
com a banca a conselho de Ministros e que terá sido em férias que
Cristas terá tido conhecimento da resolução do BES, tendo mesmo
assinado de cruz.
Segundo
a líder do CDS, a não discussão do assuntos relacionados com a
banca faria parte de uma visão de Passos Coelho. E assinar de cruz
fará parte da visão de Cristas? A líder do CDS não revelou.
As
revelações de Cristas, não sendo as melhores para a já tão
deteriorada imagem de Passos Coelho, fazem parte da estratégia da
líder do CDS que procura distanciar-se do antigo parceiro de
coligação, não perdendo de vista, claro está, o próximo período
eleitoral local.
Com
esta entrevista, em que a líder do CDS acrescenta que Passos Coelho
"não teria vontade" de se coligar para as autárquicas,
Cristas dá um pontapé em Passos Coelho, não deixando as melhores
impressões, sobretudo no que diz respeito à forma como o líder do
PSD e na altura primeiro-ministro lidou com os problemas da banca. De
resto, e depreendendo das palavras de Cristas, Passos e o seu
séquito, designadamente a ministra das Finanças, manifestaram algum
amadorismo e pouca capacidade de trabalhar em equipa.
Em
suma, Passos Coelho não tem tido dias, semanas e meses bons. Nem os
seus parceiros de coligação lhe dão uma folga, e assim se vai
tornando claro que já há pouca esperança para o futuro político
de Passos Coelho.
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