A
Coreia do Norte tem sido notícia pelas piores razões: desde o
assassinato do irmão mais velho de Kim Jong-un, líder da Coreia do
Norte, até ao lançamento de mísseis que inquietam dos países
vizinhos, designadamente a Coreia do Sul que agora também se vê a
braços com uma crise política em consequência da destituição da
Presidente, e o Japão que já teve mais certezas relativamente ao
apoio americano, designadamente desde a tomada de posse desta nova
Administração.
Existe
uma tensão permanente naquela região e a instabilidade que o líder
da Coreia do Norte revela, agora até com relações diplomáticas
deterioradas com países como a Malásia, em consequência do
assassinato do irmão, não augura nada de bom. Sendo certo que a
dita instabilidade não é propriamente novidade, mas a mesma
associada a situações concretas de demonstração militar,
inquietantes sobretudo para os países vizinhos, tem tido o condão
de aborrecer até aqueles países que tradicionalmente não se opõem
ao regime norte-coreano, designadamente a China.
Resta
saber até que ponto esta nova Administração está de facto
empenhada numa futura guerra, que parece corresponder às profecias e
até aos desejos de Steve Bannon. A Coreia do Norte poderia ser uma
boa candidata e razões não faltam para que os EUA possam justificar
uma acção dessa natureza: a salvaguarda dos aliados Coreia do Sul e
Japão; as constantes provocações norte-coreanas com o lançamento
de mísseis ao alcance, pelo menos dos países vizinhos; o
afastamento da China da Coreia do Norte; e, claro, uma guerra,
convenientemente justificada, permitiria à Administração que mais
tem estado debaixo de fogo recuperar algum fôlego e desviar as
atenções do desastre que está a provocar nos EUA.
É
também evidente que os países vizinhos da Coreia do Norte serão os
primeiros alvos de retaliação, assim como os militares americanos
estacionados na região, perto de 15 mil. Mas que uma guerra dava
jeito, dava e que a Coreia do Norte lá se põe a jeito, lá se põe.
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