Pedro
Passos Coelho acabou. A sua reeleição para a liderança do PSD é
uma ilusão efémera, só durará até outros começarem a não
afastar a possibilidade de liderarem o partido, o que já acontece,
designadamente com Morais Sarmento que vaticina uma curta duração
para a actual liderança. Passos Coelho acabou e só ele ainda não o
percebeu, ou talvez tenha percebido, mas não possua a coragem para
enfrentar a dura realidade.
O
derradeiro sinal de que o fim chegou terá sido a promulgação do
OE16 por parte do Presidente da República que, contrariamente ao seu
antecessor, mostra-se disposto a colaborar com a solução política
que governa o país.
Passos
Coelho está isolado, é um homem só: na oposição (que lhe parece
tão pouco natural), cada vez mais distante do CDS, sem apoios
relevantes no próprio PSD, sem um Presidente que o apoie e com uma
solução política de esquerda que está longe de ser uma geringonça
desengonçada. E até, pasme-se!, a comunicação social parece
querer abrandar o seu ímpeto reaccionário. Se não podes vencê-los,
junta a eles, pelo menos por enquanto.
Resta
a Passos Coelho definhar até aparecer quem dispute a liderança do
partido, talvez já no próximo Congresso em Espinho. Resta a Passos
Coelho passar à História, à nota de rodapé que bem merece.
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