Nem
mesmo a escassos meses de eleições o PSD, designadamente a ministra
das Finanças, cessa de inquietar os pensionistas.
Numa
primeira intervenção, junto a jovens muito bem penteados, a
ministra fez questão de voltar a referir a necessidade de intervir
na Segurança Social porque esta não é sustentável, não afastando
a possibilidade de mexer nas pensões actuais. Dois dias depois e
apesar da polémica e da intervenção de Marco António Costa e do
próprio Mota Soares ministro que tutela a Segurança Social terem
vindo atenuar o clima crispado, a ministra insistiu na sua tese.
Fora
dessa mesma tese ficam os benefícios fiscais concedidos a grandes
empresas e à própria Igreja, as manhas das empresas cotadas em
bolsa que tudo fazem para não contribuir com os seus impostos ou,
como alguns já referiram, e com toda a razão, os célebres
benefícios fiscais concedidos às sociedades SGPS em 2012,
escondidos de todos, e que só foram conhecidos graças ao Tribunal
de Contas. Recorde-se que esse benefícios ultrapassaram os mil
milhões de euros, valor muito superior aos 600 milhões que a
ministra aprecia.
Prefere-se
assim inquietar os pensionistas - população mais desprotegida e
espera-se que os jovens bem penteados e outros sucumbam à ideia de
que são uns contra os outros. E assim se faz o caminho de fragilizar
o Estado Social, lançando a desconfiança sobre o futuro imediato.
Espera-se
que o tiro lhes saía pela culatra e que os pensionistas pensem duas
vezes antes de depositarem a sua confiança num grupo de pessoas
empenhadas em destruir o Estado Social e, consequentemente, as suas
próprias vidas.
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