O
ainda Governo traçou vários objectivos em torno do empobrecimento
colectivo: enfraquecimento do Estado Social, privatizações
(negócios promíscuos e desastrosos para o país) e, claro está, a
desvalorização salarial.
Todavia,
Passos Coelho não está satisfeito. Quer mais, ou melhor quer menos
- assume que os trabalhadores portugueses ainda são uns
privilegiados. Voltou a insistir na questão da TSU, mas como estamos
muito perto de eleições, essa pretensa redução de custos para as
empresas não tocará - diz Passos Coelho - nos trabalhadores, que,
por inerência, não serão chamados a contribuir.
A
redução dos custos do trabalho tem sido devastador para os
trabalhadores. Senão vejamos: este Governo acabou com feriados que
passaram a dias de trabalho não remunerados; reduziu o pagamento de
horárias extraordinárias; reduziu o período de férias; aumentou o
horário de trabalho. Paralelamente, aumentou a precariedade e
nivelou por baixo reduzindo o salário dos funcionários públicos.
Ainda
assim, não chega. Passos Coelho quer mais e se, for reeleito,
Portugal passará a ser um oásis de precariedade e baixos salários.
Pelo caminho, o desemprego continuará a fazer pressão sobre os
salários e o poder de compra dos trabalhadores continuará a não
dar qualquer ajuda à economia. Vamos continuar a esperar que as
exportações funcionem como a chave da recuperação económica.
Esperemos assim por mais este milagre que, a par do milagre de Maria
Luís - o milagre da multiplicação de jotinhas -, empurrem o país
para a competitividade, transformando Portugal num dos países mais
competitivos do mundo.
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