António Costa quer ganhar o centro,
não podendo ainda assim desprezar aqueles que estão à esquerda do
PS. Nesse sentido, anda à procura de compromissos e encontrou no
Partido Livre alguma margem de aproximação, apesar das vagas
reticências do líder do partido Rui Tavares que afirmou que "não
será fácil".
Arrisco dizer que qualquer aproximação
será ainda menos fácil quando se discutirem os temas que separam o
PS dos partidos mais à esquerda: Tratado Orçamental e
reestruturação da dívida.
Sobre os temas que separam o PS dos
restantes partidos mais à esquerda, António Costa tem escolhido o
silêncio e a indefinição. Nos debates com António José Seguro,
Costa procurou precisamente fugir dos compromissos e até de
quaisquer esboços daquilo que pensa sobre estes assuntos. À
defesa, referiu que não podia estar a discutir um programa de
governo antes de ser governo; empurrou com a barriga a discussão
sobre os assuntos mais prementes da economia portuguesa.
Agora quer uma aproximação aos partidos mais à sua esquerda. Mais uma vez, não será fácil. O PCP afirma a necessidade de sair do Euro; o bloco insiste na reestruturação da dívida - ambos rejeitam o Tratado Orçamental. Costa pode ser um excelente conciliador, mas como conciliar estas posições possivelmente antagónicas?
Continuamos à espera de uma clarificação quanto a estes temas por parte do Partido Socialista. Mas seja como for, não se espera a adopção de posições que possam exasperar os poderes europeus.
Agora quer uma aproximação aos partidos mais à sua esquerda. Mais uma vez, não será fácil. O PCP afirma a necessidade de sair do Euro; o bloco insiste na reestruturação da dívida - ambos rejeitam o Tratado Orçamental. Costa pode ser um excelente conciliador, mas como conciliar estas posições possivelmente antagónicas?
Continuamos à espera de uma clarificação quanto a estes temas por parte do Partido Socialista. Mas seja como for, não se espera a adopção de posições que possam exasperar os poderes europeus.
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