São quarenta anos. O 25 de Abril de 1974 abriu as
portas à liberdade, ao desenvolvimento, à consolidação do Estado Social,
às promessas de um futuro mais justo e digno. O 25 de Abril abriu as
portas, cumpre-nos entrar e continuar a ambicionar e a lutar pelas
promessas de Abril.
Hoje, mais do que nunca nestes quarenta anos, exige-se a
continuação do trabalho iniciado com o 25 de Abril. Hoje, apesar dos
constrangimentos, das escolhas erradas e da inércia colectiva, ainda é
possível o país conhecer maiores níveis de desenvolvimento que depois se
consubstanciem na existência de um pais mais justo e digno. É possível.
Todavia, todas as ambições caem por terra se insistirmos na premissa da inevitabilidade: as políticas de empobrecimento são inevitáveis, por muito que esse empobrecimento acabe escamoteado consequência de períodos eleitorais que falam invariavelmente mais alto.
Todavia, todas as ambições caem por terra se insistirmos na premissa da inevitabilidade: as políticas de empobrecimento são inevitáveis, por muito que esse empobrecimento acabe escamoteado consequência de períodos eleitorais que falam invariavelmente mais alto.
Os últimos anos sob tutela externa e com algum regozijo
interno representam um retrocesso também no que diz respeito aos valores
associados ao 25 de Abril. As comemorações dos 40 anos do 25 de Abril
devem implicar também uma profunda reflexão sobre o presente o futuro do
país. Não esqueçamos que com o 25 de Abril surgiu um novo pacto social
que está na iminência de ser destruído.
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