A percepção que os cidadãos têm sobre o fenómeno da corrupção é que o mesmo é transversal e conspurca o funcionamento do Estado. As penas vão endurecer a partir de Março do próximo ano, 80 por cento dos portugueses acredita que a corrupção piorou nos últimos anos e apenas 50 pessoas foram condenadas pelo crime de corrupção na última década. Ora, nestas circunstâncias importa sublinhar a importância de um fenómeno que descredibiliza o Estado e as próprias instituições democráticas.
O fenómeno ganhou a dimensão conhecida graças à inércia dos partidos políticos, muito em particular dos partidos do eixo do poder. PS e PSD não mostram ser muito diligentes no combate a um crime que abala a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas, pondo em causa a qualidade da própria democracia. Mérito seja dado ao Bloco de Esquerda que tem sido o partido com mais vontade política no combate ao crime em questão.
O problema da corrupção não é meramente uma questão de justiça, é essencialmente um problema político. Sem vontade política não há a possibilidade de se encetar um combate sério ao fenómeno da corrupção. O agravamento das penas poderá ser um bom princípio, mas falta muito mais, a começar pela vontade política.
O facto de apenas 50 pessoas terem sido condenadas nos últimos anos pelo crime em questão apenas vem comprovar o sentimento que se vive de impunidade, de um país composto por cidadãos de diferente categoria, de um país cujo Estado de Direito e a própria democracia parecem meramente formais.
O fenómeno ganhou a dimensão conhecida graças à inércia dos partidos políticos, muito em particular dos partidos do eixo do poder. PS e PSD não mostram ser muito diligentes no combate a um crime que abala a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas, pondo em causa a qualidade da própria democracia. Mérito seja dado ao Bloco de Esquerda que tem sido o partido com mais vontade política no combate ao crime em questão.
O problema da corrupção não é meramente uma questão de justiça, é essencialmente um problema político. Sem vontade política não há a possibilidade de se encetar um combate sério ao fenómeno da corrupção. O agravamento das penas poderá ser um bom princípio, mas falta muito mais, a começar pela vontade política.
O facto de apenas 50 pessoas terem sido condenadas nos últimos anos pelo crime em questão apenas vem comprovar o sentimento que se vive de impunidade, de um país composto por cidadãos de diferente categoria, de um país cujo Estado de Direito e a própria democracia parecem meramente formais.
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