Os controladores aéreos espanhóis conseguiram causar constrangimentos sem precedentes no país. Para isso bastou não irem trabalhar. A greve selvagem, como tem sido designada em alguns meios de comunicação social, originou o caos e deixou o espaço aéreo espanhol sem actividade, provocando constrangimentos em vários países. Só depois do Governo espanhol declarar estado de alerta é que o espaço aéreo espanhol voltou à normalidade.
De um modo geral, é difícil sustentar a posição destes trabalhadores. Embora se possam entender as razões - privatização do sistema de aeroportos que poderá dar origem a mais horas de trabalho -, é difícil compreender a forma de protesto. O radicalismo associado à paragem sem aviso prévio não tem justificação. Contudo, esse radicalismo pode se estender a outros sectores. Não é de excluir a hipótese do radicalismo tomar conta dos protestos de trabalhadores um pouco por toda a Europa. Afinal de contas, existe a percepção geral que os trabalhadores estão a pagar uma crise que não foi provocada por si. À medida que o fundamento dos sacrifícios pedidos vai perdendo força, as medidas radicais podem muito bem ganhar força, em particular quando se percebe que quem provocou a crise escapa a esses mesmos sacrifícios e que os representantes políticos passam a ideia de estarem menos preocupados com os interesses dos seus cidadãos. Em alturas de crise exige-se uma liderança forte. Essa liderança, pelo menos a nível europeu, simplesmente não existe.
De um modo geral, é difícil sustentar a posição destes trabalhadores. Embora se possam entender as razões - privatização do sistema de aeroportos que poderá dar origem a mais horas de trabalho -, é difícil compreender a forma de protesto. O radicalismo associado à paragem sem aviso prévio não tem justificação. Contudo, esse radicalismo pode se estender a outros sectores. Não é de excluir a hipótese do radicalismo tomar conta dos protestos de trabalhadores um pouco por toda a Europa. Afinal de contas, existe a percepção geral que os trabalhadores estão a pagar uma crise que não foi provocada por si. À medida que o fundamento dos sacrifícios pedidos vai perdendo força, as medidas radicais podem muito bem ganhar força, em particular quando se percebe que quem provocou a crise escapa a esses mesmos sacrifícios e que os representantes políticos passam a ideia de estarem menos preocupados com os interesses dos seus cidadãos. Em alturas de crise exige-se uma liderança forte. Essa liderança, pelo menos a nível europeu, simplesmente não existe.
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