Comecemos pelas más notícias: as pressões para que Portugal altere a sua legislação laboral intensificam-se e o Governo já não terá capacidade para fazer face a essas pressões. Consequentemente, avizinham-se alterações na legislação laboral que passarão inevitavelmente pela flexibilização dos despedimentos.
Não se advoga que todas as alterações às leis laborais sejam necessariamente negativas, mas o facto é que num país com recursos humanos debilmente qualificados, onde as relações entre patronato e sindicatos, salvo honrosas excepções, são invariavelmente acrimoniosas e num país em que impera uma cultura de chico-espertismo, teme-se que uma maior flexibilidade seja desastrosa para os trabalhadores. Avizinham-se assim o aumento da precariedade e da insegurança daquele que é o elo mais fraco das relações laborais.
Hoje acontece o que já se esperava: tudo é legitimado pela crise. A supressão de direitos sociais vai continuar a fazer o seu caminho.
Quanto às boas notícias, refira-se que o Governo se prepara para apostar na remodelação de edifícios abandonados ou em más condições, pretendendo-se assim mudar também a face das cidades portuguesas. Pretende-se igualmente estimular um mercado que sempre foi desprezado em Portugal: o mercado de arrendamento. A proposta tinha sido feita pelo Bloco de Esquerda e, segundo o Diário de Notícias, o Governo prepara-se para aplicá-la. Este investimento animará a economia, designadamente o sector da construção e do imobiliário. Finalmente, parece que os responsáveis políticos perceberam que o futuro passa por renovar o velho e não por construir até à exaustão.
Não se advoga que todas as alterações às leis laborais sejam necessariamente negativas, mas o facto é que num país com recursos humanos debilmente qualificados, onde as relações entre patronato e sindicatos, salvo honrosas excepções, são invariavelmente acrimoniosas e num país em que impera uma cultura de chico-espertismo, teme-se que uma maior flexibilidade seja desastrosa para os trabalhadores. Avizinham-se assim o aumento da precariedade e da insegurança daquele que é o elo mais fraco das relações laborais.
Hoje acontece o que já se esperava: tudo é legitimado pela crise. A supressão de direitos sociais vai continuar a fazer o seu caminho.
Quanto às boas notícias, refira-se que o Governo se prepara para apostar na remodelação de edifícios abandonados ou em más condições, pretendendo-se assim mudar também a face das cidades portuguesas. Pretende-se igualmente estimular um mercado que sempre foi desprezado em Portugal: o mercado de arrendamento. A proposta tinha sido feita pelo Bloco de Esquerda e, segundo o Diário de Notícias, o Governo prepara-se para aplicá-la. Este investimento animará a economia, designadamente o sector da construção e do imobiliário. Finalmente, parece que os responsáveis políticos perceberam que o futuro passa por renovar o velho e não por construir até à exaustão.
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