Mais um Congresso do PSD teve lugar durante este fim-de-semana em Carcavelos. Mas este Congresso contou com a nova liderança, uma liderança que procura reunir consensos, uma liderança que quer mostrar ao país que constitui uma verdadeira liderança ao PS e está preparada para Governar.
O PSD conseguiu dar sinais evidentes da coesão que tem faltado nos últimos anos. Além disso, Pedro Passos Coelho, o novo Presidente do partido, está a começar a traçar as linhas gerais do programa político que pretende apresentar ao país.
Foi igualmente notória a tentativa de se defender políticas que são apanágio do CDS-PP, chegando assim a eleitores que têm votado no CDS-PP, permitindo recuperar um eleitorado manifestamente desiludido com o PSD.
O PSD sai seguramente mais forte deste Congresso, mostrando os tais sinais de coesão, dando ao país a ideia de ser hoje um partido mais forte. Mas o PSD ainda tem um longo caminho a percorrer, designadamente em matéria de projectos e políticas para o país. É necessária uma aposta muito mais forte no campo das ideias, aposta essa que tem levada mais a sério pelo maior partido de oposição.
São as ideias, os projectos, as políticas que devem estar no centro deste novo PSD. Pedros Passos Coelho tem demonstrado ter qualidades raras hoje em dia, em particular no diz respeito à capacidade de diálogo e de união. Agora é o tempo das ideias. A ver vamos se nesse campo Passos Coelho tem sucesso. Conseguiu esse sucesso no seu discurso de domingo no Congresso, mostrando ser muito diferente de Sócrates – a seriedade de Coelho em oposição à irascibilidade do primeiro-ministro.
O Congresso reveste-se globalmente de momentos positivos, levados a cabo pelo Presidente do partido e não só. Um bom presságio para o partido, um bom presságio para o país. Reitero, porém, a necessidade de explicitar o que é que se quer para o país.
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