As últimas semanas, ou melhor, os últimos meses, ou ainda melhor, os últimos anos têm sido marcados pelo pessimismo e pela depressão. Os gloriosos anos 90 passaram num ápice e deixaram a ilusão de que o bem-estar social que tinha aumentado significativamente ia continuar a sua ascensão. A última década deitou por terra todos os sonhos criados durante os gloriosos anos 90. Hoje, vivem-se dificuldades para as quais raras vezes se encontra solução. Assim, não é de estranhar que o pessimismo se tenha instalado.
Com efeito, é tarefa árdua encontrar razões que sustentem algum optimismo, mas não iludamos: é preciso voltar a levantar a cabeça, contrariando o pessimismo instalado com recurso a uma luta sem tréguas contra as adversidades que nos têm assolado. Isto aplica-se na vida de cada um de nós individualmente, mas também colectivamente. O país está endividado e é necessário combater um défice excessivo até 2013 - a tarefa é hercúlea, mas não nos restam alternativas. Nós cidadãos somos reiteradamente confrontados com o anódino sentido de responsabilidade de parte significativa da classe política, é um facto. Porém, também nos cabe a nós fazer juízos e tomar decisões com maior acuidade; afinal de contas, não podemos continuar a dar segundas oportunidades a quem não nos merece confiança, a premiar quem se mexe tão bem na opacidade, a dar carta branca a quem, no alto da sua arrogância, acredita piamente que não tem que dar quaisquer explicações aos cidadãos.
Podemos, pois, ser mais exigentes nas escolhas, mas também do ponto de vista de uma cidadania mais activa. Estar atento, recusar a indiferença e exigir mais de quem foi escolhido para representar os cidadãos são tarefas que não podem ser subestimadas por todos nós. De uma coisa podemos todos estar certos: a resignação, a tal indiferença e, de um modo geral, o confortável pessimismo que nos atordoa e inviabiliza a acção condenam o país e a vida de todos nós.
Parece incontestável que são necessárias mudanças - por muito que não se percepcionem alternativas no horizonte que fundamentem essa mudança. Também me parece óbvio que quem está a representar os portugueses não serve o país e não serve a democracia. E mais, tenho dúvidas que o país aguente o actual situação política durante muito mais tempo. Mas nem este paroxismo pode ser justificação para a indiferença e para a resignação. É preciso deixarmos para trás o medo da mudança, o medo de tentar. Hoje, talvez mais do que nunca, é fundamental que os maus exemplos que vêm daquilo que era outrora designado por elites deixem de ser constrangimentos intransponíveis. O comportamento reprovável, a inépcia e a proliferação dos chamados interesses instalados associado à promiscuidade que reina entre a tal elite têm de começar a ser combatidos pelo povo soberano. A pressão foi posta de lado em nome de um laxismo endémico. A discussão e a crítica fundamentada deram lugar à mesquinhez e ao culto da minudência.
Dito isto, só temos um caminho a seguir: aquele que nos permite contrariar estes males de que padecemos. Para isso é necessário muita força anímica, mas a verdade é que se encontramos essa força anímica para tantas outras situações nas nossas vidas e algumas colectivas, por que não encontrá-la para lutar pelo país e, consequentemente, pelo bem-estar de todos nós?
Com efeito, é tarefa árdua encontrar razões que sustentem algum optimismo, mas não iludamos: é preciso voltar a levantar a cabeça, contrariando o pessimismo instalado com recurso a uma luta sem tréguas contra as adversidades que nos têm assolado. Isto aplica-se na vida de cada um de nós individualmente, mas também colectivamente. O país está endividado e é necessário combater um défice excessivo até 2013 - a tarefa é hercúlea, mas não nos restam alternativas. Nós cidadãos somos reiteradamente confrontados com o anódino sentido de responsabilidade de parte significativa da classe política, é um facto. Porém, também nos cabe a nós fazer juízos e tomar decisões com maior acuidade; afinal de contas, não podemos continuar a dar segundas oportunidades a quem não nos merece confiança, a premiar quem se mexe tão bem na opacidade, a dar carta branca a quem, no alto da sua arrogância, acredita piamente que não tem que dar quaisquer explicações aos cidadãos.
Podemos, pois, ser mais exigentes nas escolhas, mas também do ponto de vista de uma cidadania mais activa. Estar atento, recusar a indiferença e exigir mais de quem foi escolhido para representar os cidadãos são tarefas que não podem ser subestimadas por todos nós. De uma coisa podemos todos estar certos: a resignação, a tal indiferença e, de um modo geral, o confortável pessimismo que nos atordoa e inviabiliza a acção condenam o país e a vida de todos nós.
Parece incontestável que são necessárias mudanças - por muito que não se percepcionem alternativas no horizonte que fundamentem essa mudança. Também me parece óbvio que quem está a representar os portugueses não serve o país e não serve a democracia. E mais, tenho dúvidas que o país aguente o actual situação política durante muito mais tempo. Mas nem este paroxismo pode ser justificação para a indiferença e para a resignação. É preciso deixarmos para trás o medo da mudança, o medo de tentar. Hoje, talvez mais do que nunca, é fundamental que os maus exemplos que vêm daquilo que era outrora designado por elites deixem de ser constrangimentos intransponíveis. O comportamento reprovável, a inépcia e a proliferação dos chamados interesses instalados associado à promiscuidade que reina entre a tal elite têm de começar a ser combatidos pelo povo soberano. A pressão foi posta de lado em nome de um laxismo endémico. A discussão e a crítica fundamentada deram lugar à mesquinhez e ao culto da minudência.
Dito isto, só temos um caminho a seguir: aquele que nos permite contrariar estes males de que padecemos. Para isso é necessário muita força anímica, mas a verdade é que se encontramos essa força anímica para tantas outras situações nas nossas vidas e algumas colectivas, por que não encontrá-la para lutar pelo país e, consequentemente, pelo bem-estar de todos nós?
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