O Presidente Barack Obama entrou na fase mais importante do desafio de reformar a saúde nos Estados Unidos - a fase da aprovação ou não do Congresso. A luta de Obama é a todos os títulos meritória, trata-se afinal de melhorar um sistema de saúde que envergonha os americanos, providenciando um alargamento da cobertura, maior transparência no que diz respeito aos seguros e contenção de custos aliada à sustentabilidade do sistema. Para se conseguir atingir estes objectivos será necessária um mudança de sistema e, mais grave, uma mudança de mentalidades.
Para nós europeus, o sistema de saúde americano fortemente apoiado em seguros de saúde privados, não faz qualquer sentido. A inexistência de um modelo público e tendencialmente gratuito como a regra e não como a excepção é inconcebível para qualquer europeu. A sociedade americana nunca escondeu a valorização do individualismo em detrimento de valores mais próximos dasolidariedade. A concepção de modelo social europeu simplesmente não faz sentido para muitos americanos.
De um modo geral, a luta de Obama é, de facto, hercúlea. De resto, tem sido feita uma campanha de desinformação pelo partido Republicano com o objectivo de retirar apoios ao Presidente. A ambição de Obama é introduzir mais justiça e humanismo numa sociedade onde prevalece o individualismo e, não raras vezes, alguma ignorância. Essa ambição só pode ser encarada como louvável, não deixando, contudo, de ser surpreendente que tantos se oponham aos princípios da reforma. Não ser porventura assim tão surpreendente tendo em conta ascaracterísticas da sociedade americana, mas não deixa de ser desumano continuar a pugnar por um sistema atroz que cria cidadãos de primeira e de segunda e cujos seguros são exímios na tarefa de virar as costas a quem padece das doenças mais graves.
Mas a luta de Obama deve também servir de lição para políticos um pouco por todo o mundo, em particular na Europa, que põem directa ou indirectamente em causa os actuais sistemas de saúde, referindo a sua insustentabilidade, e se abstém de procurar soluções para a sustentabilidade de sistemas de saúde que são indissociáveis da própria ideia de democracia na Europa.
Para nós europeus, o sistema de saúde americano fortemente apoiado em seguros de saúde privados, não faz qualquer sentido. A inexistência de um modelo público e tendencialmente gratuito como a regra e não como a excepção é inconcebível para qualquer europeu. A sociedade americana nunca escondeu a valorização do individualismo em detrimento de valores mais próximos dasolidariedade. A concepção de modelo social europeu simplesmente não faz sentido para muitos americanos.
De um modo geral, a luta de Obama é, de facto, hercúlea. De resto, tem sido feita uma campanha de desinformação pelo partido Republicano com o objectivo de retirar apoios ao Presidente. A ambição de Obama é introduzir mais justiça e humanismo numa sociedade onde prevalece o individualismo e, não raras vezes, alguma ignorância. Essa ambição só pode ser encarada como louvável, não deixando, contudo, de ser surpreendente que tantos se oponham aos princípios da reforma. Não ser porventura assim tão surpreendente tendo em conta ascaracterísticas da sociedade americana, mas não deixa de ser desumano continuar a pugnar por um sistema atroz que cria cidadãos de primeira e de segunda e cujos seguros são exímios na tarefa de virar as costas a quem padece das doenças mais graves.
Mas a luta de Obama deve também servir de lição para políticos um pouco por todo o mundo, em particular na Europa, que põem directa ou indirectamente em causa os actuais sistemas de saúde, referindo a sua insustentabilidade, e se abstém de procurar soluções para a sustentabilidade de sistemas de saúde que são indissociáveis da própria ideia de democracia na Europa.
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