A notícia que os jovens qualificados portugueses são mais afectados pelo desemprego, em particular o de longa duração, do que a generalidade de jovens nas mesmas condições noutros países da OCDE não causa espanto a ninguém. É sobejamente conhecida a falta de apetência do país para aproveitar os recursos humanos existentes. Quando se relaciona o desemprego e a qualificação surgem invariavelmente os argumentos que defendem que a principal razão para a existência do fenómeno prende-se com a panóplia de cursos superiores sem saída profissional. De certa forma esse argumento não é desprovido de sentido, apesar de ser redutor considerá-lo como o principal responsável pelo desemprego entre os jovens mais qualificados.
De facto, existem outras duas razões que subjazem ao fenómeno em análise: a primeira está relacionada com a falta de visão estratégica de muitos empresários que rejeitam os mais qualificados, preferindo ignorar assim que os mais qualificados, independentemente da área de formação, têm, à partida, mais capacidades, tanto ao nível da compreensão, resolução de problemas, aprendizagem, o que poderá representar em ganhos de produtividade um factor decisivo para a empresa; por outro lado, existe nitidamente um problema de captação de investimento de qualidade (e não só) que inviabiliza a criação de novos postos de trabalho para quem tem qualificações.
Há, por conseguinte, um problema de visão estratégica e de investimento que o país tem dificuldades em resolver e que acaba de se transformar em mais uma fonte de embaraço e preocupação. E não adianta acusar os governos de total responsabilidade nesta matéria quando a mentalidade de muitos portugueses não lhes permite ver para além da porta de casa ou do escritório.
É irónico que se não se aproveite aqueles que apostaram nas suas qualificações, fechando-lhes as portas ou por preconceito ou inépcia, desperdiçando assim as gerações mais qualificadas que o país já teve. Resta a estes jovens lutar contra o desemprego e o trabalho precário, realidades cada vez mais presentes nas suas vidas.
De facto, existem outras duas razões que subjazem ao fenómeno em análise: a primeira está relacionada com a falta de visão estratégica de muitos empresários que rejeitam os mais qualificados, preferindo ignorar assim que os mais qualificados, independentemente da área de formação, têm, à partida, mais capacidades, tanto ao nível da compreensão, resolução de problemas, aprendizagem, o que poderá representar em ganhos de produtividade um factor decisivo para a empresa; por outro lado, existe nitidamente um problema de captação de investimento de qualidade (e não só) que inviabiliza a criação de novos postos de trabalho para quem tem qualificações.
Há, por conseguinte, um problema de visão estratégica e de investimento que o país tem dificuldades em resolver e que acaba de se transformar em mais uma fonte de embaraço e preocupação. E não adianta acusar os governos de total responsabilidade nesta matéria quando a mentalidade de muitos portugueses não lhes permite ver para além da porta de casa ou do escritório.
É irónico que se não se aproveite aqueles que apostaram nas suas qualificações, fechando-lhes as portas ou por preconceito ou inépcia, desperdiçando assim as gerações mais qualificadas que o país já teve. Resta a estes jovens lutar contra o desemprego e o trabalho precário, realidades cada vez mais presentes nas suas vidas.
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Continue assim.
Ruben Azevedo
cenaculodofilosofo.blogspot.com