Depois da apresentação dos programas políticos dos partidos que concorrem às próximas eleições legislativas fica-se com a indelével sensação que nenhum tem capacidade de apresentar soluções viáveis para resolver os problemas mais prementes do país. Programas impregnados de generalidades e políticos sem ideias representam uma combinação que não augura nada de bom para o futuro do país.
O PS insiste nos mesmos erros, em particular na área da educação e justiça. Paralelamente, o PS continua vazio de ideias no que diz respeito à Administração Pública e a formas de encetar as reformas que o país tanto necessita. O PSD não faz particularmente melhor ao anunciar as suas intenções mas sem dizer de que forma é que as mesmas serão executadas. São notórias algumas diferenças entre um PSD que fala em menos Estado, um PSD que sublinha o seu conservadorismo e um PS que defende a manutenção do actual modelo económico e que defende o carácter intervencionista do Estado, não abdicando de mostrar o seu liberalismo no que diz respeito aos costumes.
De qualquer modo, há factores que poderão ser decisivos no processo de escolha dos eleitores: o estado da economia e o desemprego serão elementos a ter em conta na corrida para as próximas eleições. A ausência de soluções torna-se ainda mais inequívoca quando se verifica que poucos conseguem esconder o mau-estar que se revela ao ter de escolher entre o mau e o muito mau.
Dir-me-ão que há mais partidos no espectro político e que as escolhas não se esgotam no PSD e no PS. Mas a verdade é que se atribui vocação governativa ao PS, ao PSD e, até certo ponto, ao CDS-PP; com ou sem fundamento, é assim que muitos vêem o cenário político, os restantes partidos são bonscontestatários , mas não passam disso mesmo. Concorde-se ou não com esta visão da política portuguesa, a verdade é que ela tem conseguido se impor.
Resta o cenário asfixiante da escolha entre o mau e o muito mau. Independentemente de quem vença as próximas eleições, já existem duas certezas: quem ganhar está longe de ter soluções sólidas para a recuperação do país edificilmente conseguirá cumprir uma legislatura de quatro anos.
O PS insiste nos mesmos erros, em particular na área da educação e justiça. Paralelamente, o PS continua vazio de ideias no que diz respeito à Administração Pública e a formas de encetar as reformas que o país tanto necessita. O PSD não faz particularmente melhor ao anunciar as suas intenções mas sem dizer de que forma é que as mesmas serão executadas. São notórias algumas diferenças entre um PSD que fala em menos Estado, um PSD que sublinha o seu conservadorismo e um PS que defende a manutenção do actual modelo económico e que defende o carácter intervencionista do Estado, não abdicando de mostrar o seu liberalismo no que diz respeito aos costumes.
De qualquer modo, há factores que poderão ser decisivos no processo de escolha dos eleitores: o estado da economia e o desemprego serão elementos a ter em conta na corrida para as próximas eleições. A ausência de soluções torna-se ainda mais inequívoca quando se verifica que poucos conseguem esconder o mau-estar que se revela ao ter de escolher entre o mau e o muito mau.
Dir-me-ão que há mais partidos no espectro político e que as escolhas não se esgotam no PSD e no PS. Mas a verdade é que se atribui vocação governativa ao PS, ao PSD e, até certo ponto, ao CDS-PP; com ou sem fundamento, é assim que muitos vêem o cenário político, os restantes partidos são bonscontestatários , mas não passam disso mesmo. Concorde-se ou não com esta visão da política portuguesa, a verdade é que ela tem conseguido se impor.
Resta o cenário asfixiante da escolha entre o mau e o muito mau. Independentemente de quem vença as próximas eleições, já existem duas certezas: quem ganhar está longe de ter soluções sólidas para a recuperação do país edificilmente conseguirá cumprir uma legislatura de quatro anos.
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