Desta vez foram as manifestações de uighures em Xinjiang que levaram à resposta repressiva das autoridades chinesas e à subsequente violência que já causou a morte a 140 pessoas. Os uighures são uma minoria muçulmana com ambições separatistas que vivem sob o jugo da maioria Han. Os uighures apresentam queixas semelhantes aos tibetanos, relacionadas sobretudo com o facto das autoridades chinesas de não respeitarem as diferenças religiosas e culturais; as autoridades chinesas acusam os separatistas uighures de serem terroristas associados a grupos como a Al-qaeda, embora nunca se tenha feito realmente prova dessas acusações. Xinjiang tem o mesmo estatuto de autonomia que o Tibete. A China adoptou uma estratégia em relação a Xinjiang muito semelhante àquela aplicada no Tibete: incentivos à deslocação de chineses han para a região.
Os separatistas uighures são acusados de serem responsáveis por inúmeros ataques a interesses chineses. No caso da violência em Urumqi, capital de Xinjiang, as autoridades chinesas voltam a acusar os separatistas no exílio de estarem por detrás da violência que eclodiu na passada noite. De qualquer modo, já morreram 140 pessoas e provavelmente este número ainda vai subir. Existe, porém, uma diferença abismal entre os problemas dos uighures em Xinjiang e dos tibetanos: o mundo está mais solidário com a causa do Tibete, desconhecendo ou preferindo ignorar em larga medida o que se passa em Xinjiang.
A comunidade internacional, por sua vez, não se vai inquietar muito com os problemas de Xinjiang por duas principais razões: por um lado, trata-se da China, parceiro comercial e um país decisivo do ponto de vista geoestratégico, poucos líderes políticos se vão inquietar com os problemas de uma minoria na China; por outro, própria opinião pública mundial não está propriamente preocupada com o destino dos uighures. Em consequência, o regime chinês vai resolver o problema através dos meios repressivos habituais e a comunidade internacional remeter-se-á ao silencio, preferindo não se imiscuir nos assuntos chineses. Em rigor, se os tibetanos que contam com a compreensão e apoio de uma parte significativa do Ocidente foram e continuam a ser alvo da repressão chinesa sem apelo nem agravo, quanto mais os uighures de Xinjiang.
Os separatistas uighures são acusados de serem responsáveis por inúmeros ataques a interesses chineses. No caso da violência em Urumqi, capital de Xinjiang, as autoridades chinesas voltam a acusar os separatistas no exílio de estarem por detrás da violência que eclodiu na passada noite. De qualquer modo, já morreram 140 pessoas e provavelmente este número ainda vai subir. Existe, porém, uma diferença abismal entre os problemas dos uighures em Xinjiang e dos tibetanos: o mundo está mais solidário com a causa do Tibete, desconhecendo ou preferindo ignorar em larga medida o que se passa em Xinjiang.
A comunidade internacional, por sua vez, não se vai inquietar muito com os problemas de Xinjiang por duas principais razões: por um lado, trata-se da China, parceiro comercial e um país decisivo do ponto de vista geoestratégico, poucos líderes políticos se vão inquietar com os problemas de uma minoria na China; por outro, própria opinião pública mundial não está propriamente preocupada com o destino dos uighures. Em consequência, o regime chinês vai resolver o problema através dos meios repressivos habituais e a comunidade internacional remeter-se-á ao silencio, preferindo não se imiscuir nos assuntos chineses. Em rigor, se os tibetanos que contam com a compreensão e apoio de uma parte significativa do Ocidente foram e continuam a ser alvo da repressão chinesa sem apelo nem agravo, quanto mais os uighures de Xinjiang.
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