O PS e o PSD não constituem verdadeiras soluções para os problemas do país. Por muito que a realidade pese, esta é a mais pura das verdades, neste momento nem um partido, nem outro têm soluções ou constituem eles próprios uma solução para o país. O que aí vem é seguramente mais do mesmo com algumas diferenças residuais, isto apesar do PSD poder ser uma verdadeira alternativa ao PS, a verdade é que com Manuela Ferreira Leite essa alternativa tarda em aparecer e são mais as dúvidas do que as certezas sobre um partido sem soluções.
O PS já mostrou o seu programa eleitoral, aparentemente ambicioso e visivelmente carregado pela propaganda do costume. O PSD continua a marcar passo, adiando indefinidamente a apresentação do seu projecto para o país. Assim se encontra o país, desanimado e confrontado com uma escolha entre o mau e o muito mau.
Dir-se-á que existem outros partidos no espectro político português e que reduzir o cenário político apenas a dois partidos é, no mínimo, redutor. Todavia, os partidos à esquerda do PS defendem, de forma explícita ou não, políticas que não se coadunam com aquilo que os portugueses ambicionam, e a forma apresentada para lá chegar já se provou falida. O CDS-PP é um partido que só está à espera de uma coligação. Entre os que não tem vocação para ser governo e um partido sem personalidade própria que finge tê-la, mas espera ansiosamente pela coligação que lhe dê o tão almejado acesso ao poder, a escolha é virtualmente impossível.
O cenário é profundamente desolador e não vale a pena escondê-lo. Mas isso também não justifica espírito derrotista que assola o país. Pelo contrário, é preciso que, apesar das adversidades, não se deixe de acreditar na dinâmica própria do sistema democrático e, fundamentalmente, exigir mais da classe política ao invés do refúgio habitual no tal espírito derrotista. Como? Exercendo o direito de voto, demonstrando assim que não se abre mão assim tão facilmente de um direito nosso e dando um sinal inequívoco que estamos atentos e interessados; exigir mais transparência da classe política, simplesmente não votando em que está permanentemente envolto em situações pouco transparentes, castigando quem não se coíbe de usar os poderes públicos em seu benefício; fazendo uso da liberdade de expressão; exigindo contas a quem já passou pela governação, não esquecer o passado com tanta facilidade; exigir que quem se propõe a representar os cidadãos tenha mais respeito por quem representa; resistir aos anúncios em catadupa de medidas avulsas e incipientes; não sucumbir à propaganda e ao facilitismo; pensar, simplesmente pensar sobre os assuntos. Entretanto, o Estatuto dos Açores voltou à ordem do dia associado a uma derrota do parlamento e dos partidos políticos.
O PS já mostrou o seu programa eleitoral, aparentemente ambicioso e visivelmente carregado pela propaganda do costume. O PSD continua a marcar passo, adiando indefinidamente a apresentação do seu projecto para o país. Assim se encontra o país, desanimado e confrontado com uma escolha entre o mau e o muito mau.
Dir-se-á que existem outros partidos no espectro político português e que reduzir o cenário político apenas a dois partidos é, no mínimo, redutor. Todavia, os partidos à esquerda do PS defendem, de forma explícita ou não, políticas que não se coadunam com aquilo que os portugueses ambicionam, e a forma apresentada para lá chegar já se provou falida. O CDS-PP é um partido que só está à espera de uma coligação. Entre os que não tem vocação para ser governo e um partido sem personalidade própria que finge tê-la, mas espera ansiosamente pela coligação que lhe dê o tão almejado acesso ao poder, a escolha é virtualmente impossível.
O cenário é profundamente desolador e não vale a pena escondê-lo. Mas isso também não justifica espírito derrotista que assola o país. Pelo contrário, é preciso que, apesar das adversidades, não se deixe de acreditar na dinâmica própria do sistema democrático e, fundamentalmente, exigir mais da classe política ao invés do refúgio habitual no tal espírito derrotista. Como? Exercendo o direito de voto, demonstrando assim que não se abre mão assim tão facilmente de um direito nosso e dando um sinal inequívoco que estamos atentos e interessados; exigir mais transparência da classe política, simplesmente não votando em que está permanentemente envolto em situações pouco transparentes, castigando quem não se coíbe de usar os poderes públicos em seu benefício; fazendo uso da liberdade de expressão; exigindo contas a quem já passou pela governação, não esquecer o passado com tanta facilidade; exigir que quem se propõe a representar os cidadãos tenha mais respeito por quem representa; resistir aos anúncios em catadupa de medidas avulsas e incipientes; não sucumbir à propaganda e ao facilitismo; pensar, simplesmente pensar sobre os assuntos. Entretanto, o Estatuto dos Açores voltou à ordem do dia associado a uma derrota do parlamento e dos partidos políticos.
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