O cenário de governação do Estado israelita encontra-se ainda muito indefinido. O partido Kadima, de Tzipi Livni, terá ganho as eleições, mas por uma margem ínfima, sendo que o partido de Benjamin Netanyahu terá alcançado resultados muito próximos do partido Kadima. A possibilidade ser Netanyahu a formar governo é muito forte, tendo em conta o fracasso de Livni nesse sentido e que conduziu a estas eleições. Este cenário confuso não é propriamente estranho aos israelitas.
Um dos temas que mais marcou estas eleições foi indubitavelmente a questão de Gaza. O partido de Netanyahu, o Likud, acusou reiteradamente o partido Kadima de ser responsável por um erro estratégico: em 2005 a retirada de Gaza, ordenada por Ariel Sharon, permitiu que o Hamas viesse a ocupar o território, lançando ostensivamente rockets de Gaza para território israelita. O partido Kadima ficou assim em situação desconfortável, em particular pouco tempo depois da intervenção militar israelita para combater o Hamas. Por outro lado, as suspeições em torno do primeiro-ministro israelita Ehud Olmert não terão sido particularmente positivas para a imagem do partido Kadima.
Muito sucintamente, o partido Kadima defende que o caminho para paz passa pela co-existência de dois Estados: um Estado israelita e um Estado Palestiniano. Defende ainda que Jerusalém deve manter-se israelita. O partido Likud é mais próximo do nacionalismo, menos favorável a negociações com os palestinianos e intransigente quanto à manutenção das fronteiras definidas em 1967. De um modo geral pode-se encontrar posições mais moderadas por parte do partido Kadima.
Se o partido Likud e o seu líder Netanyahu vierem de facto a formar governo, mesmo com as fragilidades consequência do resultado das eleições, as negociações com o lado palestiniano poderão tornar-se mais difíceis. Há intransigências como a manutenção das fronteiras de 1967 que poderão inviabilizar qualquer aspiração de um regresso à paz. Mas voltando ao que já foi dito, ainda é cedo para conjecturar sobre o futuro político de Israel.
Notícia no Público online: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364736&idCanal=11
Um dos temas que mais marcou estas eleições foi indubitavelmente a questão de Gaza. O partido de Netanyahu, o Likud, acusou reiteradamente o partido Kadima de ser responsável por um erro estratégico: em 2005 a retirada de Gaza, ordenada por Ariel Sharon, permitiu que o Hamas viesse a ocupar o território, lançando ostensivamente rockets de Gaza para território israelita. O partido Kadima ficou assim em situação desconfortável, em particular pouco tempo depois da intervenção militar israelita para combater o Hamas. Por outro lado, as suspeições em torno do primeiro-ministro israelita Ehud Olmert não terão sido particularmente positivas para a imagem do partido Kadima.
Muito sucintamente, o partido Kadima defende que o caminho para paz passa pela co-existência de dois Estados: um Estado israelita e um Estado Palestiniano. Defende ainda que Jerusalém deve manter-se israelita. O partido Likud é mais próximo do nacionalismo, menos favorável a negociações com os palestinianos e intransigente quanto à manutenção das fronteiras definidas em 1967. De um modo geral pode-se encontrar posições mais moderadas por parte do partido Kadima.
Se o partido Likud e o seu líder Netanyahu vierem de facto a formar governo, mesmo com as fragilidades consequência do resultado das eleições, as negociações com o lado palestiniano poderão tornar-se mais difíceis. Há intransigências como a manutenção das fronteiras de 1967 que poderão inviabilizar qualquer aspiração de um regresso à paz. Mas voltando ao que já foi dito, ainda é cedo para conjecturar sobre o futuro político de Israel.
Notícia no Público online: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364736&idCanal=11
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